Mutirão Carcerário no AM começa amanhã (06) envolvendo 76 Defensores Públicos

Defensores Públicos iniciam os trabalhos do Mutirão Carcerário/Foto: Divulgação

Será iniciado amanhã, segunda-feira (06), o trabalho da força-tarefa formada por 76 defensores públicos estaduais e federais, que vão avaliar processos de 5.600 internos, entre homens e mulheres, condenados e provisórios, do sistema prisional de Manaus, trabalho que faz parte do programa Defensoria Sem Fronteiras, do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege), e sua realização em Manaus é resultado de um Acordo de Cooperação Técnica assinado entre o Condege, o Ministério da Justiça e Cidadania e a Defensoria Pública Geral da União (DPU), integrando uma iniciativa também integra o Plano Nacional de Segurança Pública.
A abertura oficial será às 13h, no Centro de Convenções Vasco Vasques, na zona centro-sul de Manaus. Do total de 76 defensores públicos estaduais e federais, 20 são da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM). Em 10 dias úteis, o “Defensoria Sem Fronteiras” pretende rever pelo menos 10 mil processos de nove unidades prisionais.


“No caso dos provisórios, o objetivo é verificar se não há a possibilidade de aplicação de outras medidas restritivas de direitos que sejam alternativas à prisão, podendo resultar na elaboração de pedidos de relaxamento de prisão ou de liberdade provisória”, explica o defensor público geral do Distrito Federal e presidente do Condege, Ricardo Batista.

Defensores Públicos iniciam os trabalhos do Mutirão Carcerário/Foto: Divulgação

Os defensores públicos, além de revisar os processos, ainda visitarão os presídios para entrevistar os detentos e verificar as condições de cumprimento da pena.  “Vamos analisar se há ou não a correta separação, como manda a Lei de Execução Penal, se estão sendo respeitados seus direitos fundamentais de acesso à educação, saúde, trabalho e se não há a violação de Direitos Humanos que possam ser denunciadas”, adiantou Ricardo Batista.

De acordo com o defensor público geral do Amazonas, Rafael Barbosa, o objetivo não é soltar presos indiscriminadamente e, sim, assegurar o direito dos detentos de terem seus processos revisados. Ele disse ainda que, durante o mutirão, serão colhidas informações para realização de um diagnóstico da população carcerária e da situação do sistema prisional na capital do Amazonas.

O diagnóstico elaborado pela Defensoria Pública será entregue ao Ministério da Justiça para ser utilizado na formulação de política de gestão do sistema penitenciário e colaborar com novos mutirões que possam vir a acontecer. O Acordo de Cooperação Técnica tem validade de dois anos, o que facilita ter novas forças-tarefas em outros Estados, se forem solicitadas e de acordo com a necessidade, avaliada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Artigo anteriorCom problemas mecânicos Boeing faz pouso de emergência em pista coberta de neve
Próximo artigoAgente Penitenciário é flagrado com celulares e entorpecentes na cadeia Vidal Pessoa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui