Na série Conheça Manaus o destaque para o ‘Paço da Liberdade’

Paço da Liberdade/Foto: Ingrid Anne
Paço da Liberdade/Foto: Ingrid Anne
Paço da Liberdade/Foto: Ingrid Anne
Conheça Manaus, no Paço da Liberdade/Foto: Ingrid Anne
Conheça Manaus, no Paço da Liberdade/Foto: Ingrid Anne

O Paço da Liberdade é a segunda dica da série Conheça Manaus, realizada pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). Dentro da série, são destacados espaços históricos e naturais da cidade. A proposta faz parte das comemorações pelo Dia Mundial do Turismo – 27 de setembro.

As dicas são reunidas virtualmente (no site e facebook da Manauscult e do GuiaTur e no aplicativo deste último)  e são direcionadas não apenas aos turistas, mas também aos próprios manauaras para que estes possam “redescobrir” a cidade e seus atrativos. O primeiro espaço da série foi o Complexo Turístico Ponta Negra, zona Oeste.


Desta vez, o roteiro indicado localiza-se no Centro Histórico de Manaus: o Paço Municipal da Liberdade, na Rua Gabriel Salgado, s/n. O prédio chama a atenção pela arquitetura neoclássica, que reúne aspectos primordiais da história local e inclusive levou-o a ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O local também abriga o Museu da Cidade.

História para contar

O Paço da Liberdade tem relevância patrimonial arqueológica por se tratar de um espaço físico que apresenta dois segmentos da arqueologia: pré-colonial e histórica. Durante as intervenções no subsolo, ocorridas nas obras de restauro em 2007, o potencial arqueológico do Paço revelou urnas funerárias e outros fragmentos cerâmicos, assim como na Praça Dom Pedro II (a frente do prédio) em anos anteriores.

O que fazer?

Atualmente, o Paço oferece quatro exposições de longa duração disponíveis para o público: a ‘Coleção Thiago de Mello’, a ‘Pedra Fundamental da Pinacoteca Municipal’ e as obras ‘Mater Dolorosa I’ e ‘Mater Dolorosa II’.

Acervo de Thiago de Mello

A ‘Coleção Thiago de Mello’, doada pelo poeta amazonense, reúne 30 obras do seu acervo pessoal. São peças concebidas por artistas do Brasil, América Latina e Europa durante o período em que boa parte dos países latino-americanos estava sob o comando de regimes militares. As obras são assinadas por nomes como Roger Bru (Chile), Rubens Gershmam (Rio de Janeiro), Manduka (Amazonas) e Joan Miró (Catalunha).

Artistas amazonenses

Logo ao lado da coleção, os artistas plásticos amazonenses ganham espaço na Pedra Fundamental da Pinacoteca Municipal, que reúne obras de conhecidos nomes, como Sérgio Cardoso e Cristóvão Coutinho, e novos talentos, como Sávio Stoco e Nelson Falcão.

Marco nas artes plásticas

O Paço tem ainda em exposição duas obras fundamentais do artista Roberto Evangelista: a videoinstalação ‘Mater Dolorosa I’, que representa simbolicamente a devastação e a degradação da vida na Amazônia, e ‘Mater Dolorosa II’, cujo tema é o poder da natureza sobre o comportamento humano e a cultura indígena amazônica.

As duas obras constituem um marco na história das artes plásticas e da videoarte brasileira. É um verdadeiro desafio à imaginação daqueles que se propõem contemplá-las, repletas de sutilezas e conceitos artísticos que para um leigo, às vezes, pode ser difícil entender. Contudo, dada a grande sensibilidade do autor, é possível compreendê-las apenas pelo sentimento que despertam em cada um. O sentimento é de destruição e perda, oriundo do enfrentamento de visões de mundo extremamente díspares: o saber indígena e o expansionismo da civilização ocidental, ao mesmo tempo em que da poeira desse conflito emerge a permanência das formas que sintetizam a própria imanência do universo, representada nos microcosmos do povo Tukano.

Museu da Cidade

Visitar o Paço da Liberdade é também uma oportunidade de viajar no tempo. O trabalho de restauração do prédio manteve boa parte das características originais do local, que hoje conta inclusive com um laboratório de arqueologia. A exposição de arqueologia in situ, em uma das salas do Paço, mostra três urnas funerárias da fase cerâmica paredão (por volta de 900 a.C a 1000 d.C), e apresenta também a estrutura do subsolo do prédio e antigo encanamento cerâmico. Com essa exposição no chão sobre vidros, o patrimônio arqueológico do Paço representa o período pré-colonial e também a história de ocupação do prédio, o que emana uma característica arquitetônica e arqueológica que representa a historicidade do Centro de Manaus.

A localização em questão é um sítio arqueológico e nessa perspectiva a arqueologia busca contar os processos culturais que constituem a história das sociedades do passado e das sociedades contemporâneas, por meio da arqueologia encontrada em diferentes níveis de conservação.

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