Nave não tripulada tenta pouso inédito em cometa na quarta (21)

No dia 6 de agosto, em uma manobra de seis minutos, a sonda entrou na órbita do cometa. Foto: EUROPEAN SPACE AGENCY / AFP
No dia 6 de agosto, em uma manobra de seis minutos, a sonda entrou na órbita do cometa. Foto: EUROPEAN SPACE AGENCY / AFP
No dia 6 de agosto, em uma manobra de seis minutos, a sonda entrou na órbita do cometa. Foto: EUROPEAN SPACE AGENCY / AFP

A próxima quarta-feira promete ser histórica. Pela primeira vez, uma espaçonave tentará realizar um pouso suave num cometa.
Mas não se anime demais. As chances de sucesso equivalem a jogar uma moeda para cima e observar como ela cai. Se der cara, o módulo de pouso Philae se desprenderá da sonda Rosetta e produzirá imagens estonteantes da superfície do objeto conhecido como 67P/Churyumov-Gerasimenko.


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Em compensação, se der coroa, teremos de nos contentar com meras observações orbitais feitas pela própria Rosetta. “Está muito silencioso por aqui esses dias, você sente que o evento está chegando”, conta Holger Sierks, cientista responsável pela câmera Osiris, da sonda orbitadora.

Ela estará de olho no Philae durante a descida e tentará fotografá-lo na superfície, caso ele chegue lá e fique.

“Vamos obter um conjunto de imagens do módulo de pouso logo após a separação, e um conjunto de imagens logo após o pouso”, diz o cientista. “Esperamos encontrá-lo na superfície em boa configuração.”

Não há nada a fazer para garantir o sucesso ou mesmo interferir o que vai acontecer. Os comandos que levam ao pouso são pré-programados, e a distância entre a Terra e o cometa impedem qualquer intervenção manual de última hora -leva 28 minutos para um sinal de rádio partir daqui e chegar lá.

Um detalhe aumenta o drama: o módulo Philae não tem propulsor. Ou seja, ao se desprender da Rosetta, ele simplesmente “cai” suavemente na direção do cometa.

Como a gravidade do cometa é suave -trata-se de um objeto composto por gelo e rocha com modestos quatro quilômetros de diâmetro, numa forma bem irregular-, um erro de cálculo pode ser fatal. O Philae pode errar a mira e se perder no espaço.

O módulo leva cerca de 7 horas para atravessar os 22,5 km que o separam do chão. Ao chegar, dois arpões precisam ancorá-lo ao cometa, e três garras de atracação devem firmá-lo no chão. Com a gravidade fraca, ele poderia quicar e voltar para o espaço.

Como se vê, muito pode dar errado. Daí a chance de 50%. Mas a recompensa científica pode ser grandiosa.

(Notícias de ZH)

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