
Invocando uma falsa defesa dos mais pobres, na realidade o deputado Nikolas Ferreira fez defesa bem sucedida dos grandes sonegadores.
A onda de desinformação e mentiras sobre a “taxação do Pix”, um fenômeno de amplitude e audiência inusitada, parece apontar para a perda de confiança no que é dito pelo governo federal, inclusive a palavra do presidente Lula.
A falta de credibilidade pode ser o nome do que está por trás desse mal estar sobre as distorções e mentiras disseminadas pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre a nova regra de monitoramento de movimentações financeiras, especialmente via Pix.
A desinformação, amplificada por um vídeo postado por ele, visava gerar receio nas camadas mais vulneráveis da população, como trabalhadores informais, ao afirmar que o governo estava planejando uma “taxação do Pix” e uma vigilância intensa sobre suas finanças, algo que foi desmentido pelos fatos.
O deputado usou de uma estratégia retórica de desconstrução da credibilidade do governo, associando promessas não cumpridas (como a isenção do Imposto de Renda) e ações controversas (como o sigilo no cartão corporativo), para reforçar a ideia de que o governo não é confiável.
Defesa dos grandes sonegadores
Nikolas também distorceu a natureza das novas fiscalizações, afirmando que o objetivo era perseguir pequenos trabalhadores informais, o que não é verdade.
A medida visava melhorar a fiscalização contra grandes sonegadores e não tinha relação com a quebra de sigilo bancário das pessoas comuns.
Apoio à sonegação de traficantes e milicianos
A crítica ao governo também se estende a questões de tributação e serviços públicos, onde Ferreira sugere que a alta carga tributária do Brasil não traz os mesmos benefícios que países com sistemas públicos eficientes, como a Suíça. Essa argumentação simplista e falaciosa ignora a realidade da sonegação no país, que prejudica a qualidade dos serviços públicos e a equidade social.
Por fim, o texto conclui que, ao propagar esse tipo de desinformação, Nikolas Ferreira ajudou, inadvertidamente, a proteger os grandes sonegadores, como traficantes e milicianos, que seriam beneficiados pela falta de fiscalização. Essa postura prejudica os mais pobres e os cidadãos que cumprem suas obrigações tributárias, que acabam sobrecarregados com uma maior carga de impostos.
A lição para o governo é clara: é crucial que medidas populares e impactantes sejam bem planejadas e efetivamente viáveis, para evitar que se tornem alvo de manipulações políticas e desinformação, prejudicando ainda mais a confiança pública.
Mais informações, https://www.poder360.com.br/opiniao/o-lobby-dos-grandes-sonegadores/