No adeus de Fofão, Rio conquista o ‘deca’ da Superliga de Vôlei

O segredo, alma do jogo...que diga Fofão/Foto: Normando

 


O passe preciso de Fofão, decide um lance/Foto: Normando
O passe preciso de Fofão, decide um lance/Foto: David Normando
O segredo,  alma do jogo...que diga Fofão/Foto: Normando
O segredo, alma do jogo…que diga Fofão/Foto: David Normando

Com a festa toda preparada para Fofão, que se despedia, oficialmente, das quadras em solo brasileiro, as convidadas de honra da levantadora não podiam faltar. E todas marcaram presença.
A primeira a aparecer foi Natália. Com a mão cheia, a ponteira presenteou a homenageada colocando no chão uma infinidade de bolas distribuídas pela anfitriã e fez a diferença no começo da bagunça. Fabi entrou em cena logo depois, com defesas incríveis e a precisão de sempre nos passes. Juntas, as centrais Juciely e Carol se esbaldaram o tempo todo com bloqueios que mais pareciam um paredão e ataques cirúrgicos. Mais antiga do grupo, Régis preferiu chegar um pouco depois, quietinha, como de costume, mas se divertiu para valer no segundo set. Caçula das amigas, Gabi, para variar, era a mais ousada e trouxe os presentes mais inesperados. Não tão bem-vinda assim, a banda paulista das amigas sempre resolve provocar e até tenta estragar a festa da campeã olímpica em Pequim 2008, mas o organizador do evento falou mais alto e mostrou quem manda.

Com a experiência e a qualidade de sempre, ele escolheu o melhor repertório e foi o último a brindar uma carreira única e incomparável. Sem deixar a o DJ desafinar, o Rio de Janeiro convidou as visitantes de Osasco a se retirarem mais cedo da Arena da Barra, neste domingo, fecharam o salão com um 3 a 0, parciais de 25/21, 25/23 e 25/19, e festejaram pela décima vez o título da Superliga feminina.

– Cada segundo, cada minuto. Isso aqui é muita emoção, melhor do que eu planejei, melhor do que eu imaginava. As lágrimas são de felicidade – disse Fofão, logo após o fim da partida.

Depois de cair no choro, a emoção continuou na cerimônia de entrega de medalhas. No alto do pódio, a levantadora teve o privilégio de receber um buquê de flores das mãos da mãe Eurídes de Souza. Ela ainda ganhou uma placa do presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca.

O JOGO

Quando Carcaces aproveitou um contra-ataque pela entrada de rede para abrir o placar para o Osasco, a torcida do Rio de Janeiro sentiu um frio na barriga. Mas o mau presságio nem chegou a se concretizar. Muito por culpa de Natália. A ponteira levantou da cama neste domingo inspirada e foi a dona do primeiro set. Quase perfeita, a camisa 12 do time carioca fez de tudo. Sacou, defendeu, bloqueou e, principalmente, atacou.

Dos nove pontos anotados pela ponteira na vitória parcial por 25 a 21, em 34 minutos, oito foram de ataque. O mais decisivo o 24º do Rio , pela saída de rede, quebrando uma sequência de quatro pontos consecutivos da equipe paulista, que diminuiu uma diferença que chegou a ser de nova para apenas dois. No ponto que fechou o set, a bola nem voltou para o outro lado da quadra, uma vez que Mari facilitou a vida das cariocas e pisou na linha.

O Osasco voltou melhor na parcial seguinte e novamente saiu na frente. Só que desta vez o time paulista incomodou por mais tempo e parecia que iria complicar a vida do Rio de Janeiro. Mas foi só impressão. O passe carioca voltou a funcionar, e Fofão voltou a distribuir o jogo com a maestria de sempre. O resultado foi imediato, e as donas da casa abriram 11 a 6.

Luizomar fez e inversão do 5 em 1 e trocou Dani Lins e Mari por Diana e Ivna. As trocas surtiram efeito, e o Osasco diminuiu o prejuízo para 12 a 9. A diferença ainda caiu para dois com um ace de Thaisa, mas a reação parou por ai. O saque carioca voltou a entrar, a recepção paulista deu tilt e num piscar de olhos a gordura do Rio de Janeiro voltou a ser de cinco pontos. O time paulista ainda esboçou uma reação, mas não impediu a vitória das donas da casa por 25 a 23.

O terceiro set começou diferente. O relaxamento natural pesou para o time carioca na primeira metade da parcial. Com um volume de jogo que ainda não tinha sido apresentado, a equipe paulista fez 11 a 7, sua maior vantagem na partida. Mas as companheira de Fofão não podiam deixar a homenageada do dia na mão. Com uma virada sensacional, na base da garra e da superação, o time carioca fechou o set por 25/19, e o jogo por 3 a 0.

Se a brilhante carreira da camisa 7 mais famosa do vôlei feminino acabou, a festa não tem hora para terminar.(G1)

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