Nobres decaídos perpetuados no Poder – por Garcia Neto

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Com o advento da Operação Lava Jato, que tem desvendado uma série de crimes políticos praticados contra o erário público até os dias atuais, os cidadãos brasileiros começam a exigir por mudança nos sistemas eleitoral e político.


Nas eleições municipais de 2016, ficou evidente a manipulação das velhas raposas da política para manterem-se no poder ou próximos do comando do poder. A recente eleição suplementar para governador no Amazonas confirmou a capacidade que essa casta de ultrapassados tem de persuadir, com a palavra e dinheiro, grandes multidões.

Diante de tantos escândalos, a palavra de ordem no momento é por “reforma”; reformas eleitoral, política, de políticos, econômica, administrativa, ética, moral.

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Do jeito que está é impossível prosseguir, considerando que o atual sistema eleitoral brasileiro não permite a renovação, só favorece aos políticos.

A história já tem registrado todos os danos causados pela ação nociva desses nobres decaídos que vão se perpetuando no poder. Pode-se admitir que as instituições brasileiras estão passando por uma revolução de amadurecimento constitucional e ética, e não se pode negar que representações sociais já se mobilizam em favor de uma verdadeira Reforma Política Democrática e Eleições Limpas.

No entanto, a pressão popular não será capaz de fazer a ‘velharia’ largar o osso! E mesmo os que se mostram em decadência são incapazes de abrir espaço para os novos que surgem, com grande popularidade, novas ideias e formas de fazer política e administrar.

Mas, na hora de decidir, dirigentes partidários e lideranças “não abrem mão” pela indicação de velhas figuras que nada mais têm a apresentar ao eleitor e que são considerados como símbolos da estupidez e ignorância.

Na última eleição para prefeito no município de Novo Airão, 71,35% do eleitorado disse NÃO ao grupo da mesmice, que acabou eleito pela minoria dos votos. Para a eleição suplementar, a utilização de todos os mecanismos para ganhar a simpatia do eleitor foram insuficientes, tanto que acabou gerando um índice de abstenção de 24,35%, ou seja, 569.501 eleitores desistiram de votar.

Mesmo assim deu 2º turno.

Sabe-se que toda ação do oportunista de agir sobre os outros resulta no atraso, na involução, no continuísmo da corrupção, que só prejudica a comunidade e munícipes.

Não adianta obstruir o desejo de participar do jovem na política, porque ele já começou a enxergar o verdadeiro jogo político do chamado coronelismo, com suas atitudes perversas.

Em Novo Airão tudo foi orquestrado para que um político arcaico, mal intencionado, fescenino e cruel, com título eleitoral suspenso, condenado pela prática de repetidos crimes políticos, portanto inelegível, tenha chegado ao poder municipal pela deliberação de um juiz de instância inferior, que decidiu monocraticamente pelo restabelecimento da cidadania de um condenado em instância superior.

O juiz Celso de Paula preferiu fechar os olhos para a realidade cívica de um criminoso contumaz, que só desmoralizou sua Instância. Urge, portanto, a necessidade de mudança, de renovar o sistema político atual, para por fim a falta de legitimidade, a corrupção sistêmica, ao corporativismo, ao fisiologismo, ao clientelismo e as combalidas instituições democráticas, que por sua vez revelam a face obscura do arcaico sistema político brasileiro.

Acredita-se que pelo menos a metade do eleitorado do Amazonas tem mostrado indisposição para ir às urnas do 2º turno, a qual poderá fazer crescer o índice de votos nulos e abstenção, como se fosse um grito de alerta para a urgente reforma política que modernize esse ultrapassado sistema eleitoral.

Quanto ao futuro de Airão, esse município poderá passar por eleição suplementar para prefeito ainda este ano, e que prevaleça o desejo popular de celebrar com todas as pompas o sepultamento dessa ‘velharia’ que veio de outras plagas implantar a cleptocracia em Novo Airão.

Professor Garcia Neto.

*Garcia Neto é professor e jornalista

 

 

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