Nova avenida de R$ 41 milhões liga as Moreninhas a “lugar nenhum”

Foto: Recorte

Iniciadas em dezembro de 2022, as obras do novo acesso às Moreninhas estão praticamente prontas. A construção da nova avenida, o recapeamento de ruas paralelas, a ampla rede de drenagem e a ponte sobre o córrego Lageado consumiram R$ 41,3 milhões. No entanto, esta grande obra estruturante liga as Moreninhas a lugar nenhum, pelo menos por enquanto, já que a segunda etapa ainda não saiu do papel.


O asfalto está praticamente todo pronto e o tráfego está liberado. Em alguns trechos, até o passeio público já está instalado. Ainda faltam a ciclovia, que já está iniciada em alguns pontos, os trevos de acesso na Avenida Guri Marques e a colocação da última camada de asfalto em uma rotatória próxima da nova ponte.

O contrato inicial previa que os trabalhos fossem concluídos em 18 meses, prazo que se esgotou em junho. No meio do caminho, a Agesul suspendeu os trabalhos por 60 dias, o que possivelmente mantém a empreiteira Anfer dentro do prazo para a entrega da obra.

Além de beneficiar os moradores da região com o recapeamento da Avenida Alto da Serra e a pavimentação de outras vias do bairro, a obra tem o objetivo principal de oferecer uma nova via de acesso às Moreninhas e desafogar o trânsito das avenidas Costa e Silva e Guri Marques.

Isso será possível com a segunda etapa do projeto, que ligará o final da Avenida Alto da Serra à Rua Salomão Abdala, criando conexão com as avenidas Guaicurus, Rita Vieira de Andrade e Eduardo Elias Zahran. O investimento previsto nesta segunda fase é de R$ 32 milhões em pavimentação, drenagem, construção de ponte e instalação de ciclovia.

Sem continuação

Em janeiro do ano passado, a Agesul abriu licitação para a contratação de uma empreiteira para esta nova etapa. Até agora, porém, não existem sinais de que o projeto esteja próximo de sair do papel.

Sem a continuação, a nova avenida liga a região das Moreninhas a uma pastagem protegida por uma cerca de arame, onde há uma placa informando que é proibido caçar, pescar, nadar, desmatar, jogar lixo e fazer fogo, por ser uma Área de Preservação Permanente (APP).

Embora ainda falte a sinalização horizontal e vertical, o tráfego na nova avenida está totalmente liberado. No entanto, os motoristas que utilizam a via são obrigados a retornar assim que chegam à pastagem. Em alguns locais, as marcas de pneu no asfalto mostram que a pista está sendo utilizada por motociclistas para manobras radicais.

A nova avenida termina logo depois do córrego Lageado, que recebeu uma grande ponte e para o qual foi direcionada uma gigantesca estrutura de drenagem da água da chuva instalada na região.

Conforme a previsão, o percurso desta nova via de acesso seguirá sob a rede de alta tensão de energia até encontrar a Avenida Rita Vieira, que atualmente termina na Avenida Guaicurus.

No meio deste traçado, existe uma série de moradias que precisam ser removidas, e até agora parte dessas desapropriações não aconteceu. No começo do ano passado, um decreto municipal declarou passíveis de desapropriação 52 imóveis da região. O Governo do Estado se comprometeu a bancar até mesmo essas desapropriações, mas a competência legal para remover os moradores e determinar o valor das indenizações é da administração municipal, que até agora não conseguiu destravar o processo.

O Correio do Estado procurou as assessorias da Agesul e da Sisep, a secretaria municipal de obras, na manhã desta segunda-feira, mas até a publicação desta reportagem não havia obtido resposta sobre uma possível data para o início da segunda etapa da nova avenida.

Fonte: Correio do Estado

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