
Uma nova bandagem elétrica, projetada para curar feridas graves 30% mais rápido do que os métodos tradicionais, poderá em breve estar disponível no mercado. Movida a água e de fácil aplicação, a inovação é especialmente promissora para o tratamento de feridas crônicas, comuns em pacientes diabéticos que sofrem com dificuldades de cicatrização e ferimentos recorrentes.
Este curativo inovador, que se assemelha a um band-Aid, conta com eletrodos de um lado e uma pequena bateria biocompatível do outro. Os primeiros testes em animais, como camundongos, demonstraram sucesso, permitindo que os pacientes mantenham suas atividades diárias sem interferências. Os cientistas envolvidos no projeto, como Amay Bandodkar, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, estão otimistas de que, após mais testes, o dispositivo estará pronto para uso humano em breve.
Para usar o curativo, basta aplicá-lo diretamente sobre a ferida e adicionar uma gota de água, que ativa o sistema elétrico. Os eletrodos então se ajustam à superfície da ferida, estimulando a formação de novos vasos sanguíneos e reduzindo a inflamação, o que acelera o processo de cicatrização.
Sam Sia, pesquisador da Universidade de Columbia, destacou que essa nova bandagem será mais acessível do que as opções atuais no mercado. Além disso, Aristidis Veves, do Beth Israel Deaconess Center em Boston, enfatizou a urgência de novas terapias, apontando que a última inovação aprovada para feridas graves pela FDA foi desenvolvida há mais de 25 anos.
Com a promessa de ser uma solução prática e econômica, essa bandagem elétrica poderá mudar significativamente o tratamento de feridas graves e reduzir os riscos associados a elas, como amputações e complicações fatais, especialmente para pacientes diabéticos.
Fonte: Só Notícia Boas