Nova ‘Praça dos Remédios’ entregue à população após revitalização

A Praça dos Remédios, revitalizada/Foto: Nathalie Brasil
A Praça dos Remédios, revitalizada/Foto: Nathalie Brasil
A Praça dos Remédios, revitalizada/Foto: Nathalie Brasil

Inaugurada ontem, quinta-feira (02), a nova Praça ‘Torquato Tapajós’, conhecida como Praça dos Remédios, após as obras de revitalização, recuperação e urbanização a cargo da Secretaria de Estado da Cultura. A praça é uma das mais antigas da cidade e tem valor histórico para o Estado.

Nas obras foram investidos R$ 1.248.441,21 e elas integram o projeto de revitalização do patrimônio histórico do centro de Manaus, que já incluiu o Largo São Sebastião, Praça da Polícia, Praça Jefferson Péres e Praça do Congresso. De acordo com o secretário de Cultura do  Estado, Robério Braga, a próxima etapa inclui a revitalização da Igreja dos Remédios e do prédio da Faculdade de Direito. “O projeto está pronto e foi desenvolvido com a atenção e anuência da comunidade da igreja. Depois teremos a revitalização da Faculdade”, afirmou.


O novo espaço colabora para valorização da história de Manaus e com o turismo. “Com todas as revitalizações, como a do Largo São Sebastião, o Mercado Adolpho Lisboa e da Praça dos Remédios temos um centro mais qualificado. Isso valoriza as propriedades públicas e privadas e atrai a população que pode utilizar melhor o espaço. Ninguém constrói um futuro sufocando o passado. A referência  histórica sempre norteia o futuro, por isso a recuperação de centros históricos tem também este sentido”, destaca.

A Associação Comercial do Amazonas e empresários da área, que também foram consultados no processo de construção do projeto de revitalização, se mostram interessados em realizar a manutenção da Praça dos Remédios. A nova praça agradou a população que passa pelo local. A feirante Floraci Oliveira (58) afirmou que o novo espaço colabora inclusive para dar mais segurança para quem mora ou trabalha no local. “Está muito bonita a praça e a obra traz até mais segurança para quem passa por aqui. Essa praça lembra muito a nossa história. Dá um visual mais bonito na frente da cidade”.

Histórico da praça – Desde a sua criação como praça, em 1899, a Praça dos Remédios sofreu, até os dias atuais, inúmeras modificações em seu traçado e mobiliário urbano originais. Por esse motivo, o projeto da SEC de revitalização está baseado em registro iconográfico, datado do início da década de 1910, e bibliográfico mais próximo do original (iconografia mais antiga com traçado e mobiliário).

O calçamento está agora em calcário português branco e detalhes importantes como o monumento ao Cristo Rei, datado de 2 de junho de 1945, estará no canteiro circular central, com iluminação especial.

Outro detalhe do projeto é que os bancos foram confeccionados em cimento brunido e, as pilastras, com acrotérios em forma de vasos revelados como “falso histórico”, projetados e construídos na segunda década do século 20, foram mantidas.

Memória cultural – O local onde está hoje a conhecida Praça dos Remédios foi o bairro mais antigo de Manaus, datado de 1825. Tratado como largo, o mesmo ficava nos fundos da capela, servindo como cemitério e, na região, foi edificado o primeiro reservatório suspenso de água da cidade.

Em 1856, foi chamado de Largo dos Remédios, em referência à igreja. E, em 1897, recebeu a denominação de Praça Torquato Tapajós, uma homenagem ao escritor e pesquisador amazonense. Quando, em 1899, foi feita a rampa que leva ao rio, o local foi inaugurado como Praça dos Remédios. Em 1929, foi ainda denominada de Praça Irineu Joffily, que era um bispo em Manaus, mas depois voltou a ser chamada de Praça dos Remédios.

Em 1933, perdeu as pedras de calcário de Lisboa que circundavam todo o passeio e, em 1945, foi edificado o monumento do Sagrado Coração de Jesus, que é a estátua de Cristo que fica no meio da Praça.

A Praça dos Remédios sempre foi um logradouro simples, aberto para o rio, no final do qual estavam as conhecidas escadarias dos Remédios, de acesso à praia e rampa do mercado público que se destinavam também à atracação de embarcações que viajavam ao interior do Estado. A tradição da ancoragem dos barcos permanece, ainda de que forma precária e o local ainda é um centro de convivência das famílias libanesas que dominavam a região com inestimáveis serviços à economia e à cultura de Manaus.

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