

Em recente visita ao município de Novo Airão, os candidatos ao governo do Amazonas José Melo (PROS) e Eduardo Braga (PMDB) ficaram frustrados com a grande rejeição da prefeita Lindinalva Ferreira (PT), junto aos seus munícipes.
O fato foi confirmado com a fraca presença de populares do município, nos comícios dos dois candidatos. Resultados de pesquisas têm mostrado a prefeita com mais de 90% de rejeição.
Coordenadores de campanha dos dois candidatos ao governo arriscaram a dizer que “desse mato não sai coelho”. De fato, a incapacidade de Lindinalva para o cargo de prefeita frustrou o eleitorado de Novo Airão, e os poucos que comparecem aos eventos políticos a recepcionam com vaias e desprezo.
Evidente que o PT de hoje não é o PT d’antanho, que se notabilizou por empunhar a bandeira da lisura com a coisa pública; acabou envolvido em escândalos sucessivos desde que chegou ao Planalto, em 2003, principalmente com o escândalo do mensalão. O vírus dessa prática corruptiva foi contaminando administrações públicas do partido e, a prefeita Lindinalva é o maior exemplo dessas práticas.
Durante a campanha de 2012, o PT de Airão pregava a necessidade de criação de conselhos municipais populares para implantação de “Um novo jeito de governar”, para ajudar na solução de problemas estruturais na administração municipal.
Não deu certo, porque a atuação dos conselhos incomodava alguns secretários entre os quais, o vereador licenciado Cícero Agard, secretário da Saúde, ainda não entende que os conselhos existem como peças fundamentais na democratização do poder e na emancipação da sociedade civil.
Cícero tem tratado a diretoria do Conselho Municipal de Saúde com hostilidade, inclusive “assumindo atitudes preconceituosas e até de perseguição pessoal […] pela falta de conhecimento e incompetência” (Moção de repúdio nº 002/2014-CMS), o que tem gerado insatisfação na aplicação das políticas públicas nas decisões do governo municipal.
Como resultado, a falência total da saúde, comprovada pela falta de medicamentos nos postos de atendimento e de médicos para o atendimento básico ao público. E o que fazer diante de tamanha insensibilidade desse secretário?
Na era pós-Gordo, falta tudo: falta água, falta energia pública, falta medicamentos, falta atendimento médico, falta segurança pública, falta saneamento básico, faltam turistas e visitantes, faltam vereadores atuantes, falta um dirigente municipal comprometido com o bem-estar da população e com o desenvolvimento sócio-econômico de um município beneficiado por um cenário natural propício para o desenvolvimento da indústria do turismo.
Enfim, falta amor por Novo Airão!
Em resposta a todo esse descaso e desmando, maioria da população diz que “agora é esperar 2016, pra gente escolher novo prefeito. “Tomara que a gente não erre mais”.
*Por Garcia Neto, sociólogo, professor e jornalista.