
O cheiro de corpos em decomposição tomou as ruas da segunda maior cidade de Mianmar, enquanto moradores trabalhavam freneticamente com as próprias mãos para remover escombros na esperança de encontrar sobreviventes. O terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar na última sexta-feira (28), devastando a região e deixando um cenário de caos.
De acordo com o governo militar do país, o número de mortos já chega a 1,7 mil. Além disso, mais de 3,4 mil pessoas ficaram feridas e mais de 300 seguem desaparecidas, o que demonstra a gravidade da tragédia e os enormes desafios enfrentados pelas equipes de resgate e pelos sobreviventes. A busca por vítimas ainda vivas continua, e a situação se agrava à medida que o tempo passa.
O epicentro foi próximo a Mandalay, a segunda maior cidade do país, onde prédios desabaram e os esforços de resgate enfrentam grandes desafios devido à destruição de estradas, aeroportos e falhas nas comunicações.
Sem acesso a equipamentos pesados, moradores utilizam as próprias mãos e ferramentas simples para remover escombros sob temperaturas superiores a 40°C, enquanto a chegada de ajuda internacional é dificultada pela instabilidade no país, que vive uma guerra civil.
A Índia, China e Rússia enviaram equipes e suprimentos emergenciais, mas a escassez de alimentos, água potável e insumos médicos agrava a crise. A ONU alerta que o número de vítimas pode aumentar, já que muitas áreas ainda não foram alcançadas pelas equipes de resgate.
O terremoto também foi sentido na Tailândia, onde pelo menos 18 pessoas morreram e dezenas seguem desaparecidas.
Fonte: Terra