O Ano Litúrgico( Por Raimunda Gil Schaeken)

Professora Raimunda Gil Schaeken(AM)
Professora Raimunda Gil Schaeken(AM)
Professora Raimunda Gil Schaeken(AM)

Meus queridos amigos leitores. Aproveitando o ensejo da festa de Natal, convém, passar-lhes algumas informações colhidas nas minhas leituras, que talvez para muitos, em particular os cristãos católicos, sejam desconhecidas.

O Ano Litúrgico nos faz celebrar em comunidade duas dimensões maravilhosas da Revelação cristã: a Vida de Jesus por nós e nossa vida em Jesus. Celebramos para recordar, mas principalmente para atualizar em nosso favor o Mistério pascal do Senhor pela ação do Espírito Santo. A primeira dimensão do Ano Litúrgico nos oferece dois ciclos: o Ciclo do Natal e o Ciclo da Páscoa. Neles celebramos tudo o que aconteceu com Jesus e tudo o que Ele fez e faz por nós. A segunda dimensão é chamada de Ciclo do Tempo Comum, quando recordamos nossos santos e celebramos circunstâncias da vida humana, para louvar, agradecer e pedir ajuda divina.


CICLO DO NATAL

É preciso acreditar no amor imenso de Deus pelo ser humano para acolher o mistério da Encarnação. “Deus tanto amou o mundo que lhe deu seu Filho unigênito” (Jo 3,16): o Ciclo do Natal é marcado por esta ternura divina: o Verbo eterno feito menino no seio da jovem Maria. Portanto, é o Amor que abre o Ano Litúrgico da Igreja e impregna todos os Ciclos litúrgicos. É o amor humano que deverá impregnar a Liturgia, para que através de orações, cantos e ritos, seja uma resposta digna de louvor e de gratidão a este Pai de infinita misericórdia.

História

O Ciclo do Natal se formou a partir do século 4 e compreende as 4 semanas do Advento e as Festas do Natal, da Epifania e do Batismo de Jesus. Entre o Natal e a Epifania, celebramos também as Festas da Sagrada Família e de Maria, Mãe de Deus. O Ciclo do Natal se encerra com o Batismo de Jesus, mas a festa da Apresentação de Jesus no templo, no dia 2 de fevereiro, ainda é um eco do tempo natalina.

As quatro semanas do ADVENTO foram fixadas no século 6 pelo Papa São Gregório Magno, como preparação para o Natal e para a segunda vinda de Cristo. A data de 25 de dezembro para o NATAL foi calculada a partir da festa da Anunciação a Nossa Senhora, no dia 25 de março. Contudo, quando entre os séculos III e IV os imperadores romanos renovaram o culto ao deus sol, as comunidades cristãs reforçaram a celebração do Natal como o nascimento do verdadeiro Sol da humanidade, Jesus. Somente no século XIII, com São Francisco de Assis, iniciou-se a tradição do presépio.

A segunda grande festa deste Ciclo é a EPIFANIA, no dia 6 de janeiro, que manifesta Jesus como o Salvador de todos os povos, representados pelos Magos do Oriente. A festa do BATISMO DE JESUS não se enquadra cronologicamente no ambiente do presépio, mas revela a Trindade Santa que apresenta Jesus como Filho de Deus e Salvador da humanidade.

Raimunda Gil Schaeken – (Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – ALCEAR.)

OBS: No próximo domingo, continuaremos com o assunto; aguarde.

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