
O calor atípico que atinge o Amazonas e, em especial, a capital Manaus, tem causado diversos problemas e transtornos para a população.
Essa situação é agravada pela urbanização, que aumenta o efeito das ilhas de calor, provocado pela concentração de prédios, asfaltos e veículos.
O calor insuportável faz com que as pessoas usem mais tempo o ar-condicionado, gastando mais energia elétrica e deixando a conta de luz mais cara. Além disso, o uso excessivo de aparelhos de refrigeração pode prejudicar a saúde, causando ressecamento das mucosas, alergias e infecções respiratórias.
O dia já amanhece com o sol escaldante emergindo na linha do horizonte, em algumas localidades o calor influenciou na estiagem, deixando o rio seco e até intransitável por embarcações. A baixa do rio afeta a navegação, a pesca, o abastecimento de água e a geração de energia.
Os poucos pingos de chuva que caem são motivo de comemoração e de oração por religiosos que pedem que a chuva caia sem parar, situação que faz lembrar a música “Suplica Cearense”. A previsão é de que o período chuvoso comece em outubro, mas ainda assim as temperaturas devem permanecer elevadas.
Enquanto isso, os moradores de Manaus tentam driblar o calor com medidas simples, como manter a hidratação bebendo bastante água, usar roupas leves, evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e buscar locais arejados e ventilados. Está sendo um desafio a adaptação nesse calor atípico para os habitantes da maior metrópole da Amazônia.
*Moises Maciel da Costa é escritor e programador cultural