
O faturamento de R$ 8,7 bilhões do e-commerce no período de vendas do Natal, com crescimento nominal de 13% na comparação com os R$ 7,7 bilhões registrados no mesmo período do ano passado, é um indicador consistente sobre a tendência de recuperação da economia brasileira.
Definitivamente, os resultados, constantes de levantamento da Ebit, que abrangem o movimento de 15 de novembro a 24 de dezembro, não podem ser atribuídos somente à euforia da Black Friday ou à generosidade do Natal. Há mesmo sintomas de recuperação do País.
É importante entender que, embora virtual, o e-commerce, como todos os segmentos, está absolutamente atrelado à economia real, e o desempenho do setor no Natal de 2017 sinaliza um ano novo melhor para os brasileiros. É, literalmente, um e-termômetro das possibilidades, agora mais concretas, de retomada do crescimento.
Há, de fato, oportunidades para todos os segmentos em 2018: a inflação está abaixo da meta, os juros mais baixos; o desemprego, embora alto, começa a diminuir, e a recessão – tecnicamente – está debelada, com crescimento do PIB em torno de 1% em 2017.

Para o e-commerce, em particular, são importantes as novas perspectivas criadas por um mundo cada vez menos dependente das cédulas de papel e mais adepto à digitalização dos pagamentos, além da aderência de setores menores ou mais tradicionais da economia ao ambiente digital.
Exemplo disso é a expansão do pagamento sem contato, que levou Jundiaí a ser pioneira na implantação de um sistema de mobilidade urbana que aceita cartões e celulares com função crédito e débito. O que falar também da PwC, uma das gigantes globais de contabilidade, que recebeu seu primeiro pagamento em bitcoins este ano?
Considerando o quadro otimista acima, o 2018 é – certamente – muito promissor para fomentar novos caminhos para o comércio eletrônico, no Brasil e no mundo.
*Alessandra Giner é CEO do Pagar.me, empresa de tecnologia Provedora de Serviços de Pagamentos.