
Em coletiva de imprensa ontem, quarta-feira (14), a OAB Amazonas e Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas anunciaram o projeto “OAB nas delegacias”, iniciativa que será desenvolvida em parceria entre as duas entidades, visando dar oportunidades para estudantes de Direito, a partir do 4º período e advogados, de trabalharem em delegacias de Manaus de forma voluntária. O projeto está sendo capitaneado pela Comissão de Advocacia Pro Bono da OAB/AM.
A proposta é oferecer aos voluntariados a possibilidade de desenvolver na prática os conhecimentos obtidos na sala de aula e ainda contribuir para a redução do tempo de espera no atendimento nas delegacias da cidade.
“É um trabalho voluntário a ser desenvolvido nas delegacias, auxiliando no atendimento e fazendo boletim de ocorrência. Todos esses profissionais que estarão trabalhando vão ser identificados com crachá, blusa da Comissão da Advocacia Pró Bono, e estarão sob responsabilidade da OAB Amazonas. O projeto tem previsão de durar 1 ano”, informou o presidente da OAB/AM, Marco Aurélio Choy.

Na oportunidade, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, ressaltou a contribuição que os estagiários trarão para a rotina das delegacias.
“Nós temos hoje apenas 60% do efetivo mínimo que a Polícia Civil do Estado do Amazonas deveria ter, há uma possibilidade de que sejam chamados mais policiais, escrivães e investigadores, seja feito concurso, mas até o momento não ocorreu. A intenção aqui do projeto é liberar o policial para que ele possa fazer o seu serviço de campo e deixar a atividade mais burocrática para os voluntários. O projeto traz a possibilidade de que naquelas delegacias em que o movimento é maior, onde cidadão busca pelo Boletim de Ocorrência e registros, nós possamos ter mais baias ocupadas atender mais rápido e melhor”, disse durante entrevista.
Fontes, também, destacou a importância da união de esforços para atender as demandas da população. “Ninguém faz nada sozinho, os atores envolvidos são essenciais à justiça, a percepção criminal não funciona sem o advogado, sem o Ministério Público, sem judiciário e vice-versa. Deve se ir sempre buscar a atuação conjunta nas parcerias para que no final o cidadão seja beneficiado, por isso estamos muito contentes em anunciar esse projeto”, finalizou.