Ociosidade na indústria cresce e é a maior dos últimos 12 anos

Ociosidade é a maior em 12 anos/Foto: Reprodução

O nível de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira, recuou 0,9 ponto percentual, em julho, na comparação com junho, na série livre de influências sazonais. Com a queda, o indicador baixou para 78,6%, o menor da série histórica, que começou em janeiro de 2003. “Todos os indicadores caíram entre julho e junho, o que reforça o quadro recessivo da indústria”, informa pesquisa  Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira, 1º de setembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O faturamento da indústria caiu 0,2%  em julho frente a junho, na série que desconta os fatores sazonais. Na mesma base de comparação, as horas trabalhadas na produção diminuíram 2,3%. Foi a sexta redução consecutiva do indicador de horas trabalhadas, que acumula uma queda de 9,0% de janeiro a julho deste ano em relação a igual período de 2014.


De acordo com o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a desvalorização cambial poderá contribuir um pouco com a melhoria da competitividade da indústria brasileira. No entanto, isso não será suficiente para  reverter a situação atual, que chamou de “mergulho recessivo”. “Enfrentamos outros problemas sistêmicos que comprometem o crescimento da economia brasileira, como tributos e taxa de juros elevados e altos custos logísticos e trabalhistas”, destacou Castelo Branco.

Com a retração da atividade e o aumento da ociosidade, as indústrias continuam demitindo.  O emprego no setor recuou pelo sexto mês consecutivo, registrando queda de 0,8% em julho na comparação junho, também na série livre de influências sazonais. O nível de emprego está 6,3% menor do que o de julho de 2014.

O encolhimento do mercado de trabalho atingiu a massa salarial e o rendimento dos trabalhadores. Conforme a pesquisa da CNI, a massa real de salários teve o quinto resultado negativo deste ano. Diminuiu 2,5%, e o rendimento médio dos trabalhadores caiu 1,6% em julho em relação a junho, na série de dados dessazonalizados.  A pesquisa ressalta que o desempenho do rendimento médio do trabalhador reforça a tendência de queda do indicador, cujo nível de julho é 1,2% menor do que o do mesmo mês do ano passado.

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