A queda de braço ou guerra declarada entre Governo do Estado e Prefeitura iniciada com anúncio polêmico do novo preço da passagem de ônibus de 3,00 para 3,30 reais, que passou a vigorar hoje (28) esconde alguns detalhes que nem os próprios protagonistas ousam revelar.
De novo sem aparecer em público, mas publicando nota à imprensa, o prefeito Arthur Neto acusa o governador José Melo de “atropelar os princípios da administração” ao retirar os subsídios do ICMS incidentes sobre o óleo diesel e o IPVA das empresas de transporte coletivo. Mas ele, Arthur Neto, esquece que quem enganou e mentiu aos eleitores e a população foi ele.
No primeiro mês do ano, o prefeito veio com a “bomba” aumentando a passagem quando lá atrás, durante a campanha disse aos eleitores que “não tinha quem, nem o judiciário o faria aumentar o preço da passagem”.
Pior foi covarde, deixando pra seu vice, Marcos Rotta (PMDB) a “bomba” de se desgastar e de se queimar principalmente junto à população ao anunciar o aumento da passagem, enquanto ele Arthur Neto não sofreu nenhum arranhãozinho nem com a população, nem com rodoviários ou empresários do transporte.
Os adversários ao analisarem e comentarem essa grande confusão criada em torno da passagem aproveitaram para logo cair de pau contra Arthur afirmando que ele preferiu não aparecer justamente por estar de “rabo preso” principalmente com empresários do transporte que bancaram sua campanha – dizem que através de caixa 2 – sob a promessa de que assim que vencesse à eleição, ele, Arthur, a primeira coisa que faria era retribuir os empresários dando-lhe o tão almejado aumento da tarifa.
Só que o tiro saiu pela culatra. Todos estão se desgastando e a sociedade está tendo a oportunidade de saber o que está por trás dos acordos espúrios selados por “trás dos panos”, coisa que só ocorre no meio político.
Até os próprios aliados estão muito aborrecidos com tudo que está ocorrendo. Um deles é o vice prefeito Marcos Rotta que ao saber que está sendo “usado” por Arthur já está anunciando que não vai intermediar mais acordo nenhum entre rodoviários e empresários. “A partir de agora o prefeito que se vire”, teria dito Rotta.
