
A sanfona de um ônibus da Jotur partiu ao meio na tarde desta sexta-feira em Palhoça. Foi na Avenida das Torres, durante uma viagem da linha Jardim Aquarius/Unisul. Haviam cerca de 20 passageiros no veículo e, apesar do pânico e das imagens fortes, ninguém ficou ferido.
Conforme testemunhas, o ônibus estava parado para atravessar o túnel da Ponte do Imaruim. Na hora em que arrancou, a parte da frente voou, e a de trás ficou se arrastando, causando desespero nos passageiros. Uma motorista teve o carro atingido pelas ferragens do ônibus.

Quando ele chegou no ponto de saída da Unisul, aquela parte do meio (sanfona) já estava quebrada. Então o motorista orientou para que entrássemos pela porta de trás e ficamos atrás porque não tinha como passar pelo meio — relata a passageira Cristina Canani.
A reportagem entrou em contato com o diretor da Jotur, Jose Luiz Spricigo. O empresário disse que ficou sabendo do acidente pela imprensa e que não adianta repassar quaisquer informações antes da perícia.

— Não é comum acontecer esse tipo de acidente, mas a segurança do passageiro é responsabilidade nossa. A empresa tem seguro e vai atender todos os passageiros desse acidente — garantiu.
— É pra isso que pagamos a passagem mais cara? É um verdadeiro absurdo, as pessoas simplesmente correm risco de vida tendo que andar nessas sucatas da Jotur — protestou Cristina.
Deter não viu problemas na frota da Jotur
Em abril, o Departamento de Transportes e Terminais de Santa Catarina vistoriou 84 ônibus da Jotur. E segundo os fiscais, não foram encontradas irregularidades, nem com relação à quantidade de passageiros nos veículos, nem sobre a idade da frota dos ônibus. Dias antes, a reportagem da Hora de SC mostrava os problemas de manutenção na frota da Jotur.
A legislação catarinense determina que as empresas que fazem transporte público intermunicipal devem ter frota de no máximo 15 anos, com 20% dos veículos podendo passar dessa idade, respeitando o limite máximo de fabricação de 25 anos.
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Fonte: Hora de Santa Catarina