O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou ao sindicato dos Rodoviários que deve parar 50% da frota de ônibus nessa sexta feira (22), por falta de dinheiro para comprar o óleo diesel para abastecer os veículos. As empresas estão à beira da falência, sem dinheiro até para comprar o diesel para abastecer os carros e alegam que pode haver a paralização de 100% da frota na segunda feira, caso a prefeitura não tome uma atitude.
Na tarde desse dia (21), empresários, representantes sindicais e da prefeitura, estiveram reunidos na sede da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), para encontrar uma solução para a quase falência do sistema de transportes de passageiros em Manaus.
As empresas alegam que não estão mais podendo pagar aproximadamente R$ 30 Milhões de salários/mês aos seus funcionários, nem o plano de saúde a quase 10 mil trabalhadores e nem está podendo cumprir com o pagamento do vale quinzenal conforme consta na Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria (CCTC).
Na avaliação de sindicalistas rodoviários, a dívida das empresas com os trabalhadores, com o Estado e com a União só cresce. Há mais de 13 anos, os empresários do setor veem acumulando dívidas com o INSS, com FGTS e, agora não querem pagar o plano de saúde aos trabalhadores.
Para o presidente do sindicato dos rodoviários Givancir de Oliveira, os empresários fingem que colocam 100% da frota para rodar em Manaus, mas mesmo com o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) sabendo disso, todos os dias a frota de ônibus sai em número reduzido para as ruas.
“Eles (empresários) andam com frota de ônibus reduzida. Recolhem parte da frota às garagem para economizar óleo diesel e deixam a população viajar igual sardinha em lata”, acusa Givancir de Oliveira.
O problema da falência nos transportes rodoviários de Manaus é de conhecimento de todos. O prefeito Arthur Neto (PSDB), os empresários do Sinetram, o coronel Frankildes da SMTU sabem que o sistema faliu, que está em grande dificuldade para se manter, mas ninguém toma providência. “Deixam a população sendo massacrada nos transportes urbanos da cidade e ainda jogam a culpa nos trabalhadores rodoviários”, destaca o vereador Jaildo de Oliveira.