A Polícia Federal da Bahia lançou a “Operação Fogo Amigo” para desmantelar uma grande organização criminosa composta por policiais militares da Bahia e Pernambuco, além de CACs e comerciantes de armas. A investigação revelou um esquema multimilionário de venda ilegal de armas e munições para facções criminosas na Bahia, Pernambuco e Alagoas, resultando na prisão de 18 pessoas.
Descobriu-se que uma grande quantidade de munições e armas foi desviada através de fraudes nos sistemas de controle oficiais. O Coaf identificou que um sargento da PM de Petrolina movimentou cerca de R$ 2,1 milhões em seis meses, valor incompatível com seus rendimentos. O grupo liderado por ele vendia aproximadamente 20 armas por mês. Foram bloqueados até R$ 10 milhões dos investigados e determinadas medidas contra três lojas de material bélico.
A operação, que conta com mais de 300 policiais e membros do Exército, revelou que a organização criminosa comercializava armas, incluindo fuzis e espingardas calibre 12. Essas armas eram usadas em assaltos a carros-fortes e ataques conhecidos como “novo cangaço”. A fraude incluía a falsificação de Certificados de Registro de Arma de Fogo para comprar armas legalmente em lojas, registrando-as em nome de compradores fictícios.
Os investigados enfrentarão acusações de organização criminosa, venda ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com penas de até 35 anos de prisão.
Fonte: Terra
