Operação Travessia garante abastecimento no Acre

Diversas carretas têm conseguido passar pelos trechos alagados com auxílio dos bombeiros (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Diversas carretas têm conseguido passar pelos trechos alagados com auxílio dos bombeiros (Foto: Luciano Pontes/Secom)


De pé às 4 horas da manhã e descansado somente às 21 horas todos os dias, esse é o ritmo de trabalho da equipe comandada pelo tenente-coronel Batista, do Corpo de Bombeiros Militar, que há cerca de 60 dias está acampada no distrito de Abunã, em Rondônia. Homens do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual e Departamento de Estradas de Rodagem (Deracre) auxiliam os motoristas durante a travessia dos pontos da BR-364 inundados pela cheia do Rio Madeira.

A maior catástrofe natural já registrada nos rios da Amazônia já desabrigou mais de 25 mil pessoas em algumas cidades rondonienses e deixou o Acre isolado por via terrestre. Há algumas semanas, a lâmina d’agua em alguns trechos da rodovia alcançou a marca de 1,90 metro. Segundo o coronel Batista, hoje a água nos pontos mais alagados não ultrapassa 1,20 metro. O governo do Acre viabilizou uma nova balsa para fazer a travessia de veículos pesados. O novo percurso pelo Rio Madeira tem 17 quilômetros e desvia os pontos mais  alagados.

“Aqui não tem ninguém melhor do que ninguém. Todo mundo pega no cabo de aço e ajuda na travessia dos caminhões", diz Batista (Foto: Luciano Pontes/Secom)

“Aqui não tem ninguém melhor do que ninguém. Todo mundo pega no cabo de aço e ajuda na travessia dos caminhões”, diz Batista (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Atualmente, ainda existem três pontos críticos para a travessia de veículos ao longo da BR-364. Na medição oficial, feita pela Defesa Civil de Rondônia às 9 horas da manhã desta quarta-feira, 9, o nível das águas do Rio Madeira segue estável e está em 19,51 metros. Mesmo assim, já é possível perceber as águas baixando em alguns trechos submersos da rodovia nos distritos de Abunã e Velha Mutum, onde as réguas colocadas pela Defesa Civil do Acre apontam redução de até 20 centímetros.

As equipes coordenadas pelo Corpo de Bombeiros trabalham em regime de escala e revezam entre o trabalho pesado e de logística. “Aqui não tem ninguém melhor do que ninguém. Todo mundo pega no cabo de aço e ajuda na travessia dos caminhões. Pelo trabalho e segurança dos caminhoneiros, esquecemos a hierarquia militar. Aqui todo mundo é igual”, disse Batista.

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