PA: camelôs protestam e ganham prazo na BR-316

RETIRADA - Desocupação da calçada próxima de shopping gera interdição da via.
RETIRADA - Desocupação da calçada próxima de shopping gera interdição da via.
RETIRADA – Desocupação da calçada próxima de shopping gera interdição da via.

Comerciantes informais que trabalham nas calçadas da rodovia BR-316, próximo ao Shopping Castanheira, poderão continuar no local, temporariamente e num ponto específico da via, perto de onde costumavam ficar. A decisão foi da Secretaria Municipal de Economia (Secon) de Belém, depois de várias tentativas de retirar os vendedores do ponto onde atuavam, que sempre terminaram em confusão e protesto, como ocorreu no final da manhã desta sexta-feira.
Mais uma operação foi feita para a remoção dos trabalhadores da área, mas, em resposta, eles interditaram a rodovia com paus e pneus em chamas. O trânsito, no horário de pico, ficou muito congestionado e o engarrafamento demorou a ser contornado. A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal intervieram na situação, mas só conseguiram liberar a pista quase uma hora depois. Uma homem, identificado apenas como Anderson, foi levado pela PM, sob a acusação de desordem e desacato.


 
À tarde, três representantes da Associação dos Ambulantes da BR-316 Km 1 compareceram à sede da Secon para uma reunião com o diretor de Comércio, Publicidade e Vias Públicas, Bruno Raiol. Ele explicou que a categoria irá permanecer no local até que o órgão encontre um espaço para alojá-los. Entre algumas alternativas estão o Espaço Palmeira, na rua Senador Manoel Barata, e o Shopping João Alfredo, os atuais “camelódromos” municipais legalizados – ambos criticados pelos trabalhadores, por não serem atrativos. Alguns ambulantes comemoraram a vitória temporária e disseram esperar que sua permanência se torne possível, o que a Secon já adiantou que não ocorrerá.

 
Bruno alertou que os ambulantes deverão permanecer junto ao muro e reservar um espaço para que as pessoas possam circular nas calçadas, sob pena de terem seu material apreendido. A área, que fica no limite entre os municípios de Belém e Ananindeua e vai até a Rua Moça Bonita, será fiscalizada diariamente por uma viatura do órgão.

 
Vários ambulantes já foram remanejados do local em operações anteriores, alguns mais de uma vez, pois há quem retorne. A ação da Secon prevê notificação dos trabalhadores, sua retirada e aconselhamento para que busquem alternativas de trabalho em outros pontos da cidade. A secretaria lhes oferece alternativas e fiscaliza o local, mas, na hora da passagem dos fiscais, eles usam a estratégia de sair da área e retornar em seguida.

 
Ontem, a operação começou tensa, pois alguns ambulantes tentaram fugir com sua mercadoria. Alguns conseguiram, mas outros não, caso de Anderson, um vendedor de água cujos produtos foram apreendidos. Ele reagiu, dando sequência a outras apreensões, algumas das quais foram desfeitas. O confronto culminou com o protesto. Durante a manifestação, a negociação foi calma até que a tolerância dos policiais e da PRF diminuiu pela pressão da população prejudicada com o trânsito parado. A conversa só terminou com a promessa da reunião marcada para a tarde.
(O Liberal)

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