No Pará, os casos de violência contra a mulher colocam o estado em segundo lugar no ranking nacional do balanço anual de atendimentos registrados pelo serviço de disque denúncia. Em 2013, foram mais de 30 mil atendimentos pelo telefone.
Andréia Simone Alves Freitas foi assassinada em agosto do ano passado no bairro da Marambaia pelo ex-companheiro, que está preso. Os pais da vítima não concordavam com o relacionamento, principalmente depois de ouvirem as queixas da filha.
“A primeira coisa que ela me falou foi que ele a ameaçava de morte, que ele não ia aceitar nunca que ela deixasse ele para viver com outra pessoa, eu percebia marcas de agressão no corpo, manchas roxas nas pernas, no braço e no rosto”, desabafa a mão Dilma Alves. “Uma dor inexplicável, é aquela ferida que você pensa que vai cicatrizar, mas nunca vai”, diz.
Andréia tinha medo de denunciar o marido. O pai dela resolveu interferir, mas já era tarde. “Ela me ligou dizendo ‘papai, ele vai me matar e o senhor não vai fazer nada?’. Eu peguei o taxi de um amigo, fui na delegacia do Marco e fiz um Boletim de Ocorrência contra esse elemento”, conta João Freitas, pai da vítima.
Os casos de violência contra a mulher ainda são frequentes. No ranking nacional do Disque 180, o Pará fica atrás apenas do Distrito Federal. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Política para as Mulheres, órgão ligado ao Governo Federal.
A maioria dos casos envolve violência física, psicológica, sexual e cárcere privado. Apesar do crescimento no número de mulheres que denunciaram algum tipo de agressão, o índice também é preocupante para as autoridades ligadas ao assunto porque os dados refletem o aumento no número de casos de violência contra a mulher, por isso em todas as situações, denunciar continua sendo uma iniciativa importante no combate a impunidade.
Para entrar em contato com a central de atendimento basta ligar 180, o serviço funciona 24 horas e as ligações são gratuitas.(Pará Notícias)
