PA: Rede hospitalar tem déficit de 6 mil vagas de leitos para internação

Hospitais não dispoem de vagas para internação
Hospitais não dispoem de vagas para internação
Hospitais não dispoem de vagas para internação

As irmãs Helaine e Helenisse Nascimento estavam inconformadas: pai delas ficou dez dias internado no Hospital Regional Abelardo Santos, em Icoaraci, e que nesse tempo, o estado de saúde dele piorou.
“Ele ficou no corredor, em uma maca. A ambulância deixou ele aí e foi embora. Cheguei aqui duas e pouco e ele continuava lá, simplesmente esperando um parecer do médico”, disse Helenisse.


Segundo a direção do Pronto Socorro, há uma baixa rotatividade nos leitos de UTI. São 15 vagas e 60% dos pacientes são idosos que costumam ficar internados por longo período.

“Em média, são 20 dias que um paciente desse leva em internação normal. Em terapia intensiva ele se prolonga mais. Então, ficamos 30 dias com o paciente”, disse Orlando Garcia, diretor geral do Pronto Socorro Municipal da 14 de março.

Helder Correa, pescador, passou por situação semelhante. O pai Nazareno Gomes Monteiro, de 51 anos, foi diagnosticado com câncer no esôfago e precisou de tratamento no hospital Ophir Loyola. O pescador diz que esperou um mês para a liberação do leito. O tratamento durou dois meses. Seu Nazareno não resistiu e morreu, antes de fazer a cirurgia, em maio do ano passado.

“A espera fez com que meu pai viesse a óbito”, disse Helder.

A baixa oferta de leitos aumenta o tempo de espera dos pacientes. O IBGE analisou a população estimada em 2013 com dados de junho do ano passado e identificou que no Pará existe 1,9 leito para cada mil habitantes, quando o mínimo recomendado pela organização mundial de saúde é de 2,5 a 3 leitos para cada mil habitantes.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reconheceu um déficit de 6 mil vagas para internação. Hoje no Pará a população de quase 8 milhões de pessoas conta com 16 mil leitos hospitalares: 11 mil pelo Sistema único de Saúde (SUS) e 5 mil na rede privada.

A distribuição das vagas é feita pelo sistema de regulação da sesma que recebe os pedidos feitos pela central regional de regulação nas unidades básicas de saúde.

“A central de regulação consegue identificar qual o leito melhor para aquele paciente, para ele ser atendido mais rápido e de maneira mais segura. Às vezes você pode pensar, põe na ambulância e despacha para o hospital mais próximo. Você não está ajudando o paciente. Não se consegue leitos para todos, mas estamos trabalhando para isso”, disse Heloisa Guimarães, secretária de saúde.(G1)

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