PA: tripulação presta depoimentos em Belém

Com os passaportes retidos pela Polícia Federal (PF) e impedidos de deixar o Brasil por força de decisão judicial, enquanto durar o inquérito, os tripulantes do navio que afundou no último dia 6, com quase 5 mil bois, no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, começaram a prestar depoimento, na manhã de ontem, na Delegacia Especializada em Meio Ambiente (Dema). Até amanhã todos os 28 tripulantes devem ser ouvidos.


 
O advogado que faz a defesa do proprietário da embarcação, Carlos Alcântara, disse que, segundo a tripulação, teria ocorrido um problema de nivelamento com o navio que estava atracado e, com isso, os bois, por ser tratar de uma carga viva, correram para o lado do cais, o que ocasionou a entrada de água na embarcação, que, em seguida, afundou.

Segundo o delegado da Dema responsável pelo caso, Vicente Costa, no 1º dia de oitiva foram convocados 8 tripulantes, incluindo o comandante da embarcação, o libanês Barbar Abdulrahman. Como 27 deles são de origem libanesa e um é de origem egípcia, os depoimentos estão sendo coletados com o auxílio de 3 intérpretes. Queremos saber a situação do navio, a situação do adornamento e da participação dos tripulantes no carregamento do navio”. O delegado informou que os depoimentos são importantes para tentar identificar o que teria acontecido no momento em que o navio carregado com os animais naufragou.

DEPOIMENTO

Acompanhado do advogado e do intérprete contratados pela empresa responsável pelo transporte dos bois, o comandante do navio foi o 1º a prestar depoimento na delegacia, por volta das 9h30. “É importante que todos sejam ouvidos porque um ou outro pode lembrar de um detalhe a mais que pode fazer a diferença na investigação”, explicou o delegado Vicente Costa. Após uma pausa para o almoço, às 15h20, os tripulantes retornaram para a delegacia e o comandante deu continuidade ao depoimento, que se estendeu até as 18h.

A Dema investiga as responsabilidades pelo crime ambiental, poluição hídrica e atmosférica. Hoje, os trabalhos iniciam às 8h30. Ribeirinhos, estivadores e representantes da CDP e das empresas Minerva (exportadora) e Global (agente do navio) também devem ser convocados para depor no decorrer do inquérito, que deve durar entre 60 e 120 dias.

(DOL)

 

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