Panorama do Transporte de Passageiros no Estado do Amazonas

Embarcação de passageiros do Rio Amazonas (Motor Recreio) - foto: José Teixeira

É preciso olhar para o transporte fluvial na Região Amazônica como olhamos para saúde, educação e segurança. Os barcos, portos e rios são responsáveis pelo movimento diário de milhares de pessoas.


Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ (2017), o transporte fluvial foi o responsável pelo deslocamento de 9.8 milhões de pessoas na Região Amazônica (Amazonas, Para, Amapá e Rondônia), em 2017, sendo que a maioria dos usuários tinham de 18 a 40 anos, com escolaridade nível fundamental e médio e renda mensal de R$ 1.675,00 (ANTAQ, 2017).

Embarcação de passageiros no Rio Amazonas (Motor Recreio) – foto: José Teixeira

Para a ANTAQ (2017), 73% dos deslocamentos são realizadas dos inteiros dos Estados para a suas Capitais em busca de serviços de saúde, lazer e oportunidades de emprego. Essa dinâmica do interior demostra a grande centralidade dos Estados no fornecimento de serviços e oportunidades pelas Capitais, fortalecendo a necessidade de potencialização econômica e social do interior.

No Estado do Amazonas o transporte fluvial longitudinal estadual movimentou aproximadamente 1.741.272 passageiros em 213 embarcações. As linhas com maior número de escalas são: Manaus – Uarini; Manaus – Carauari; e Manaus – Tabatinga. Observasse na avaliação que das Práticas Sustentáveis das embarcações são consideradas inadequadas, ou seja, a maioria dos barcos não apresentam coleta seletiva, destinação adequada de lixo e coleta de óleo de cozinha.

Segundo a ANTAQ (2017), as instalações portuárias são consideradas ruins, visto que no Índice Geral de Qualidade (IGQ) foi de 0,17. No geral, esses terminais responsáveis pelas atracações dos barcos que movimentam os passageiros e as cargas não apresentam acessos terrestres, acessos as embarcações, salas de embarque de passageiros e berços de atracação compatíveis com as necessidades dos armadores e passageiros.

Do primeiro levantamento, publicado em 2013, para o estudo de 2017, evidencia-se que o transporte fluvial de passageiros não apresentou evolução significativa, necessitando de aprimoramento das políticas públicas e também da atuação regulatória da Agência e dos demais órgãos públicos responsáveis pelo transporte fluvial no Estado do Amazonas.

Desta forma, melhorar o transporte fluvial significa gerenciar o sistema com a intenção de coloca-la entre os meios de transportes mais eficientes do pais e não sustentar uma ilusão problemática sem perspectiva de evolução. A quanto tempo falamos sobre as necessidades e os problemas do transporte fluvial de passageiros no Estado do Amazonas?

A Fenavega e o Sindarma estão trabalhando em ações efetivas para orientar as empresas de transporte fluvial na melhoria do serviço prestado a população, na formação academia, na qualificação da mão de obra, na orientação aos empresários da navegação e na segurança do rio.

*José Teixeira

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