Para David Almeida – por Flávio Lauria

Flávio Lauria é Administrador de Empresas e Professor Universitário

Caro David Almeida todos nós estamos felizes com tua vitória e tua posse, teus compromissos exequíveis por sinal, fizeram com que tua campanha fosse vitoriosa. Tenho algumas sugestões, simples, sem precisar de muito dinheiro e fáceis de serem executadas. Só precisará de modéstia para examiná-las e torná-las factíveis. Muitas vezes o simples é tão óbvio, mas não se vê. É preciso que a Prefeitura de Manaus e Governo do Estado passem a agir com maturidade, bom senso e equilíbrio.


Governador e Prefeito são prepostos da população e a ela devem satisfação, e a soma de esforços para erradicar os habitantes das áreas de risco, melhorar as condições sanitárias da cidade, equipar os hospitais e definir, seguindo a Constituição, quais as reais áreas de competência do Município e do Estado. Já que não se pode extinguir, por falta de empregos os flanelinhas, por que não institucionalizar a atividade de “vigilante de veículos”, cadastrados, com crachás, fardados e treinados, poderiam ser distinguidos dos marginais mesmo existindo o Zona Azul.

E já que falamos de treinamento, por que não preenchemos as lacunas na preparação dos servidores municipais já que estão entre as mais evidentes dificuldades para o funcionamento da prefeitura? Vítimas das deficiências do sistema de ensino e do imediatismo de muitas administrações, os funcionários municipais raramente encontram oportunidades de se desenvolver como pessoas e profissionais.

A prefeitura, por sua vez, perde em eficiência na sua administração e na prestação de serviços. Em última análise, os cidadãos são os maiores prejudicados: os serviços públicos oferecidos são de má qualidade e os recursos são desperdiçados. Tradicionalmente, as atividades de formação de servidores são apenas para prepará-los para exercer os respectivos cargos. Não se investe na preparação do funcionário como servidor público: treina-se a merendeira apenas para fazer merenda, ou o auxiliar administrativo apenas para utilizar um editor de textos, por exemplo.

É claro que a implantação de um Programa de Formação de Recursos Humanos encontra barreiras, resultantes de longos e complexos processos que atingem não só o funcionalismo, como a sociedade e o Estado brasileiro.

A substituição da responsabilidade quanto ao bem-estar público pelos ganhos particulares de curto prazo, a corrupção, a desvalorização do trabalho (presentes também na esfera da iniciativa privada), na administração pública permitiram a privatização do Estado por parte de seus dirigentes e, em escala mais reduzida, pelos próprios servidores públicos.

Um programa de formação que se posicione contrariamente a isto com certeza encontrará resistências. A desmotivação dos servidores, muitas vezes decorrente do descrédito nos sucessivos governos, deve ser enfrentada.

Criar mecanismos para que participem ativamente das definições e da execução do programa de formação pode ser útil para a tarefa de transformá-los em parceiros do projeto, mudando suas expectativas.

Caro Prefeito, tenho certeza que motivando o público interno, haverá maior abrangência das ações, melhor qualidade dos serviços oferecidos, eficiência e por via de consequência, fortalecimento da cidadania. Feliz e profícua gestão.
Vou parar por falta de espaço e não de ideias.

 

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