Pará é o 2º Estado onde mais se mata em conflitos

O número de assassinatos decorrentes de conflitos no campo em 2015 foi o maior dos últimos 12 anos no Brasil, com 49 mortes registradas, a maior parte na Região Norte, de acordo com os dados de um balanço anual da questão agrária divulgado esta semana pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Os maiores números de mortes ocorreram em Rondônia (21) e no Pará (19), mostra o levantamento. O perfil predominante das mortes foi de indivíduos envolvidos em movimentos de luta pela regularização fundiária. É o caso de uma família no município de Conceição do Araguaia, que teve todos os seus 5 membros mortos a golpes de facão e tiros em fevereiro do ano passado. “O Norte do País é um barril de pólvora”, disse o coordenador da CPT em Pernambuco, Plácido Júnior, responsável pela compilação dos dados nacionais.


CONTRADIÇÃO

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) reconheceu o aumento das tensões no meio rural no ano passado, mas informou que, segundo dados da Ouvidoria Agrária Nacional (OAN), ocorreram 16 mortes em decorrência de conflitos no campo em 2015. A discrepância se deve a diferenças de metodologia, pois a OAN contabiliza apenas informações oficiais da Polícia Civil e do Ministério da Justiça. O MDA disse que promove uma série de ações para prevenir a tensão no campo, entre elas as assessorias social e jurídica para as famílias acampadas.

O balanço da CPT, por sua vez, tem como base o levantamento feito por seus próprios agentes, presentes em todos os estados, com a ajuda de parceiros de outras entidades que atuam no campo, como o Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Foram utilizadas pela CPT também fontes secundárias, como notícias divulgadas nos meios de comunicação.

(DOL)

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