Para ministro, derrota do governo ‘não é o fim do mundo’

Ministro Gilberto Carvalho

Ministro Gilberto Carvalho


Um dia após a Câmara dos Deputados impor uma derrota ao governo na criação de uma comissão externa de deputados para ir à Holanda na busca de informações sobre uma investigação que envolveria a Petrobras, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, minimizou o episódio. Para ele, a derrota do governo “não é o fim do mundo”.


“As coisas nunca são definitivas, as interpretações são múltiplas… Então, a relação Executivo-Legislativo é naturalmente uma relação que passa por momentos de mais tensão, de menos tensão. Eu, depois de 12 anos de governo, aprendi a ter mais serenidade nessas coisas. Não é o fim do mundo”, afirmou o ministro na manhã desta quarta-feira. “A gente precisa tomar muito cuidado e encarar com muita normalidade esse ir e vir da política”, disse o ministro em outro momento.

A instalação da comissão aprovada ontem foi sugerida após informações publicadas pelo jornal Valor Econômico da existência de uma investigação na Holanda envolvendo a empresa SBM Offshore sobre um suposto esquema de propinas pagas a intermediários de vários países, entre os quais o Brasil, para garantir a assinatura de contratos. Denúncias formuladas por um ex-funcionário da companhia revelaram repasses de US$ 250 milhões em propinas, entre 2005 e 2011, dos quais US$ 139 milhões teriam sido destinados a funcionários da Petrobras.

Além do PMDB, as lideranças dos governistas PR, PTB e PSC apoiaram a iniciativa da oposição. PP, Pros e PDT decidiram, na última hora, ajudar o governo a tentar obstruir a votação. A comissão para acompanhar a investigação recebe oposição do governo, que se esforçou para adiar a votação. O requerimento chegou a ser colocado em votação no dia 25 de fevereiro, mas uma manobra do PT deixou o tema para depois do Carnaval.

Por tratar prioritariamente da interlocução com movimentos sociais, Gilberto Carvalho preferiu não comentar o estremecimento da relação entre o PT e o PMDB. “Como eu não estou participando das decisões, não me cabe falar”, limitou-se a dizer.

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