Pará registra 32 casos suspeitos de microcefalia

Em apenas uma semana, o registro de bebês nascidos com suspeita de microcefalia no Brasil subiu de 2.401 para 2.782 casos, com 40 mortes até 19 de dezembro passado. Segundo o novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado ontem, esses casos estão distribuídos em 618 municípios de 20 estados. No Pará, já são 32 casos suspeitos em 2015, registrados em 8 municípios.


Em 7 dias, as notificações se espalharam para 69 municípios que ainda não haviam registrado casos. O total de casos notificados representa a maior incidência no País nos últimos 5 anos. Está sendo investigada a relação entre os casos de microcefalia (má-formação cerebral que pode trazer limitações graves ao desenvolvimento da criança) e o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a febre chikungunya.

No Pará, 15.012 agentes comunitários de saúde entrarão em ação em 144 municípios para reduzir a incidência do transmissor. Esses profissionais vão ajudar no trabalho de busca de criadouros nas comunidades e darão orientações sobre as medidas de prevenção contra as doenças. “O envolvimento dos agentes comunitários e dos agentes de endemias é um esforço no combate ao mosquito e criadouros”, destacou o secretário de atenção à Saúde, Alberto Beltrame.

GRÁVIDAS

As mulheres em idade fértil e que desejam engravidar serão orientadas pelos profissionais da saúde sobre os cuidados necessários para evitar infecção pelo vírus zika durante a gestação. Os profissionais vão intensificar a realização do pré-natal das grávidas e acompanhar o desenvolvimento dos nascidos com microcefalia. A realização do acompanhamento gestacional, prioritariamente com início no 1º trimestre da gravidez, é fundamental para a identificação de fatores de risco, entre eles a infecção pelo zika.

Os agentes comunitários de saúde deverão visitar gestantes a cada 30 dias, orientando para o cumprimento do calendário vacinal e o comparecimento às consultas agendadas do pré-natal. Também cabe aos profissionais de saúde investigar e registrar na caderneta das gestantes, assim como no prontuário da mulher, a ocorrência de machas vermelhas, febre e infecção destas pacientes.

(Diário do Pará)

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