
Revolta e falta de garantias de recebimento do reajuste salarial dos trabalhadores dos Transportes Especial (Sindespecial), terminou em fogo e paralisação temporária, e ameaça de greve geral nos próximos dias dos ônibus que fazem as Rotas para o Polo Industrial de Manaus (PIM).
Entenda o caso
Nas negociações salariais deste ano, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Especial (Sindespecial), conquistou o reajuste e a equiparação salarial dos motoristas de todos os carros (pesados-médios-leves).
Com isso, a categoria passou a ter dois salários, um para Carro Pesado que é de R$ 2.805,00 e o outro para o Carro Leve de R$ 2.100,00.
Malandragem
É considerado Carro Pesado, os que tem 22 assentos ou mais, e o Carro Leve os que tem abaixo de 21 assentos. “Na malandragem, os empresários passaram a tirar os bancos dos ônibus para enganar o acordo com o Sindicato, mas os motoristas perceberam e se revoltaram”, comunicou o presidente do Sindespecial, William Enock.
A principal desta ‘manobra para furar o acordo,’ é a Transoliveira, supostamente de propriedade do diretor do Sindicato dos Rodoviários, Josildo de Oliveira. Esta empresa, segundo a diretoria do Sindespecial, é ‘pirata’, faz transporte irregular no Distrito Industrial em Manaus e deve ser excluída do sistema em breve.
Pirangueiros
Uma reunião entre o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM), Valdemir Santana, o presidente do Sindicato dos Transportes Especial, William Enock, a Superintendente do Trabalho, Francinete Lima e diretores das indústrias que usam este serviço, está sendo programada para tirar de vez os empresários ‘pirangueiros’ das rotas do Distrito Industrial do Amazonas.
“Se o caso não for resolvido, não tenho como segurar a revolta dos motoristas. Eles não aceitam tirar os direitos deles e mesmo não concordando com quebradeira e fogo em ônibus, não posso impedir uma paralisação geral do sistema nos próximos dias”, finalizou o presidente do Sindespecial, William Enock.