Parapraxias: atos falhos (Por Max Diniz Cruzeiro)

Neurocientista Max diniz Cruzeiro(DF)
Neurocientista Max diniz Cruzeiro(DF)
Neurocientista Clínico Max Diniz Cruzeiro(DF)

(Baseado nos estudos de Sigmund Freud – Conferências Introdutórias sobre Psicanálise (Parte I – 1915)
Freud em 1915 registrou o ato falho como sendo uma manifestação do inconsciente sobre o consciente humano, em que as sucessivas tentativas para se realizar uma tarefa estava condicionada a uma incerteza da coordenação motora que orientava-se por uma via de expressão do pensamento na forma de uma falha de intelecção visualizada na recepção do estímulo humano adverso do sinal em que a intenção do emissor em transmitir o código era incapaz de refletir a decodificação da mensagem por parte do receptor quando este lançava sobre o ambiente a repercussão do sinal que fora capaz de absorver.
Este sentido pessoal em que os engramas, ou seja, unidades biológicas de informação mnemônica carregavam os conceitos, era motivo de muito entusiasmo por parte do pesquisador Freud. Porque a crença pessoal do pai da psicanálise era que se os seres humanos aprofundassem seus estudos sobre a particularidade da transmissão do sinal e fosse possível por meio de uma profunda absorção do pensamento delirante, compreender de fato como um paciente se sentia e era capaz de interpretar o mundo a sua volta estando em um profundo estágio de interiorização característica de uma demência que necessitasse de tratamento, dentro dos padrões da época.


Então Freud convidava médicos a não simplesmente interpretarem seus pacientes conforme a codificação que foi condicionada a gestar num consultório. Como um processo simples de uma pura intelecção que o profissional era capaz de extrair de seu paciente em uma consulta ambulatorial.

Ser psiquiatra em sua visão holística era mais do que simplesmente observar o indivíduo que supostamente estivesse enfermo. Era necessário bem mais. E para isto o psicanalista deveria se colocar no lugar do paciente para dele extrair seus estados puros de afetação que o condicionava a ter comportamentos considerados distantes de um padrão social que pudesse ser observado dentro de uma sociedade.

Então as Parapraxias, ou atos falhos, soavam como uma informação relevante, que permitia ao psicanalista mergulhar dentro da demência e loucura do seu paciente e assim compreender profundamente o que ele estava sentindo dentro do seu mundo perceptivo imaginário.

Se o princípio para que a demência fosse instalada dentro do indivíduo estivesse devidamente mapeada seria possível controlar os movimentos parapraxiais em que tais atos falhos poderiam ser contornados e equilibrados com as inflexões de pensamento que não levassem os indivíduos sãos a manifestarem estados alterados de consciência psíquica.

Assim, se o distúrbio era medido a partir da intensificação de uma confusão psicológica, então compreender as falhas que tivessem sobressaindo particularmente em um indivíduo reduziria o risco de afetação do pensamento que levaria em médio e longo prazo uma pessoa a manifestar uma demência.

Então o pai da Psicanálise estudou largamente como as pessoas se comportavam a ouvir mensagens, a esquecerem de informações antes assimiladas, a forma que percebiam o mundo a sua volta … Foi fixando na forma em que o erro da percepção em relação ao emissor iria surgindo falhas sobre os conceitos universais instalados dentro da mente dos indivíduos para chegar à conclusão brilhante sobre o mundo das causas que levavam uma pessoa sadia a assumir para si um estado de loucura.

Freud ousou em sair da observação simples e pura como um médico em um consultório, para entrar na percepção do seu paciente com o nítido objetivo de mapear as causas onde o problema tinha sua origem. Queria o estudioso que o tratamento fosse capaz de ativar o consciente do indivíduo corrigindo os signos que formam captados de forma análoga ao objetivo real de um ato de comunicação entre indivíduos.

Para ele a parapraxia induzia muitos indivíduos ao raciocínio afetado, uma vez que a manifestação da demência buscava similaridade dentro de um rol de signos que ao serem transmitidos possuíam uma identificação muito próxima aos signos correlatos e a outros que tivessem estruturas se significado antagônico.

Queria dizer em seus estudos que a identificação passiva do indivíduo muito próxima da estrutura de sua linguagem era capaz de gerar fortes desvios de entendimento quando um indivíduo passasse a canalizar de forma estruturada, através da rotinização de processos, no uso da memória procedural, sequências de intelecção falhas que se vinculavam despercebidas ao olhar de quem as gerou.

Assim, à medida que se avolumavam parapraxias o indivíduo tenderia de forma natural a sobressair o seu campo hipotético da pura abstração extraída do ambiente externo a seu corpo biológico.

Então olhando dentro de uma visão integrada com a neurociência é possível chegar a conclusão que indivíduos possam ser orientados para perceber estes traços de intelecção do entendimento do sistema de códigos e signos cujos estímulos percebidos do ambiente geram os conceitos que os tornam ativos quando a consciência é acionada reduzindo a chance do ato falho (parapraxia) desencadear uma demência na psique de um indivíduo.( Max Diniz Cruzeiro – Neurocientista Clínico, Psicopedagogo Clínico e Empresarial – www.lenderbook.com )

Artigo anteriorOs impactos ambientais e científicos da reforma administrativa do governo do AM
Próximo artigoCorinthians não terá pressão da torcida argentina hoje, contra San Lorenzo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui