Pastoral da Terra lança Caderno ´Conflitos no Campo Brasil 2015´

A Assembleia Legislativa do Amazonas sediou hoje, segunda-feira (04), o lançamento do Caderno “Conflitos no Campo Brasil 2015”, publicação elaborada, anualmente, pela Comissão Pastoral da Terra, órgão da Igreja Católica, em cujo evento, promovido pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, também ocorreu um debate sobre a situação da violência em função da terra no Amazonas.
Casos de ameaças de morte, tentativa de homicídio, conflitos de terra e água e os que ficaram impunes são catalogados pela equipe responsável pela publicação. “Durante o ano a gente consegue fazer toda essa coleta de dados, que em seguida são sistematizados pelo nacional para a publicação. A gente publica os números e também faz uma análise do que está por trás deles”, destaca Darlene Braga, que integra a equipe de articulação da Amazônia da Pastoral da Terra.


No Amazonas, a Coordenadora Regional da Pastoral da Terra, Maria Clara Ferreira Mota, conta que 28 pessoas foram ameaçadas de morte em função de conflitos no campo em 2015. Além disso, ocorreram assassinatos (como o de Dora Priante, da Comunidade da Portelinha, em Iranduba), e problemas relacionados à regulamentação fundiária, comunidades ribeirinhas e assentamentos.

“Nosso governador precisa olhar com carinho essa situação em que as comunidades tradicionais do Amazonas estão vivendo dentro destes conflitos de terra e de água, pois temos municípios em que o conflito de água se dá pela pesca predatória; então, são vários fatores que geram essa violência no campo e há também a questão da migração dessas  famílias para a cidade, onde acabam vivendo em outra realidade e muitas vezes acabam se perdendo na marginalização”, disse Maria Clara.

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