
Em 2024, mais de 25.200 animais silvestres foram resgatados e encaminhados aos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) pelo Ibama. Este número não inclui apreensões ou entregas voluntárias. Segundo o Sistema de Informações dos Cetas (SisCetas), 25% dos resgates realizados entre setembro e outubro, meses marcados por clima quente e seco.
Os picos de resgates foram registrados em setembro (2.659) e outubro (3.483). Brasília (DF) liderou com 1.071 resgates, seguido por Seropédica (RJ) com 915 e Goiânia (GO) com 776. O aumento de incêndios florestais, atribuído às mudanças climáticas, foi um dos principais fatores.
No Pantanal, durante os incêndios de julho a dezembro, o Ibama implementou a operação Arca de Noé, com monitoramento, resgate e realocação de fauna. Apenas na rodovia Transpantaneira, 1.130 animais de 46 espécies foram avistados, muitos fugindo do fogo. Exemplos incluem um filhote de anta que não resistiu e uma onça-pintada recuperada e devolvida ao habitat.
As ações envolvem 17 equipes e apoio de instituições públicas e privadas, incluindo brigadistas, veterinários e voluntários capacitados.
Em setembro de 2024, o Ibama lançou o Aplicativo para Gestão de Emergências de Fauna (AGF), desenvolvido para registrar avistamentos e resgates, mesmo em áreas com baixa conectividade. A ferramenta apoia o planejamento de ações futuras e o enfrentamento de eventos climáticos extremos.
Fonte: Ibama