A proibição imediata da pesca comercial da piracatinga, uma espécie de bagre que se alimenta de carne, foi solicitada, na segunda-feira (28), pelo deputado Luiz Castro (PPS), através de expediente que está sendo encaminhado hoje (29), aos Ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e do Meio Ambiente (MMA). Segundo o parlamentar, a pesca está causando a matança, indiscriminada, do boto vermelho, usado como isca na captura da piracatinga na Amazônia.
O presidente da Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, Luiz Castro afirma, ainda, que a forma de captura da piracatinga é ilegal, por usar a carne do boto vermelho, espécie protegida pela legislação da fauna aquática. Além disso, segundo o deputado, a piracatinga está sendo vendida nos supermercados e feiras de Manaus, como “douradinha”.
O consumidor está sendo enganado, de acordo com o deputado, e desconhece o método perverso de pesca da piracatinga. Os botos são abatidos de forma indiscriminada, sem poupar as fêmeas em período de gestação, que tem seus filhotes arrancados para virar isca.
Luiz Castro defende uma fiscalização rigorosa para impedir a matança ilegal do boto vermelho, que se tornou comum na região amazônica, a ponto de tomar a proporção de uma denúncia nacional, por se tratar do maior golfinho de água doce do planeta, que pode viver por até 50 anos. No entanto, as taxas reprodutivas da espécie são baixas, devido ao longo período de cuidado parental, agravadas pelas constantes ameaças dos pescadores.
O deputado pede ao MMA e da Pesca e Aquicultura a proibição imediata da pesca comercial da piracatinga por um período de seis anos. Propõe ainda que o pescador artesanal usufrua de uma cota dessa espécie para consumo próprio e de sua família.
