
A Petrobras, gigante do setor petrolífero, anunciou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, representando uma queda de 37,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta notícia, divulgada na última segunda-feira (13), ecoou nos mercados, evidenciando um cenário desafiador para a empresa em meio a turbulências econômicas e flutuações cambiais.
A desvalorização do real em relação ao dólar e a redução no volume de vendas de óleo e derivados foram alguns dos fatores que influenciaram negativamente no desempenho financeiro da empresa, contribuindo para uma queda de 23,7% em comparação com o último trimestre do ano anterior.
Diante deste contexto, a Petrobras aprovou o pagamento de vultosos R$ 13,45 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, buscando retribuir seus acionistas mesmo em tempos desafiadores. No entanto, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado registrou uma redução significativa de 17,2% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 60,04 bilhões.
Apesar dos impactos adversos, a Petrobras ressaltou que houve uma redução nas despesas operacionais e que o imposto de renda apurado ajudou a compensar parcialmente as perdas. No entanto, analistas esperavam um lucro líquido recorrente maior, estimado em R$ 30,2 bilhões, em média, segundo pesquisa da LSEG.
A receita de vendas da Petrobras também sofreu um revés, totalizando R$ 117,72 bilhões no trimestre, uma queda de 15,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, a produção de petróleo no Brasil registrou um aumento de 4,4%, impulsionada principalmente pelo avanço operacional de quatro plataformas que entraram em operação ao longo de 2023.
A empresa encerrou o primeiro trimestre com uma dívida bruta de cerca de US$ 61,8 bilhões, mantendo-se dentro do intervalo de referência entre US$ 50 bilhões e US$ 65 bilhões estabelecido pela empresa.
Em meio a esses desafios, a Petrobras demonstra seu compromisso com seus acionistas ao antecipar o pagamento de dividendos, anunciando que a remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2024 será efetuada em duas parcelas, em agosto e setembro deste ano.
A Petrobras, mesmo enfrentando um ambiente complexo, segue firme em sua missão de garantir o suprimento de energia para o país, enquanto busca manter sua rentabilidade e retornar valor aos seus investidores.
Fonte: G1