
Os petroleiros notificaram a Petrobras sobre o início da greve geral neste sábado (26), conforme deliberação de assembleias realizadas em todo país, após o impasse nas negociações para um novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que valeria até o próximo ano, informaram as federações que representam os funcionários.
Os rejeitaram a proposta de acordo feita pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e aprovaram a greve por tempo indeterminado.
Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 12 sindicatos de petroleiros, frisou que a paralisação havia sido aprovada caso a companhia não aceitasse até terça-feira dar prosseguimento à negociação do acordo coletivo.
“Os petroleiros lutam por manutenção de direitos e empregos, reivindicando a preservação do atual Acordo Coletivo de Trabalho”, disse a FUP.
“A gestão da Petrobras retirou diversas cláusulas do ACT, acabando com direitos e garantias conquistados pela categoria ao longo das últimas décadas, propôs reajuste salarial de apenas 70% da inflação.”

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que representa outros cinco sindicatos, também notificou à empresa sobre a greve.
Diante da iminência da greve nacional dos trabalhadores do Sistema Petrobrás, convocada para este sábado (26/10), a Vice-Presidência do Tribunal Superior do Trabalho, que vem conduzindo a mediação do Acordo Coletivo da categoria, apresentou à FUP e aos sindicatos uma nova proposta nesta sexta-feira, 25.
O TST mantém os itens do Acordo proposto às entidades sindicais e à Petrobrás no dia 19 de setembro e faz aperfeiçoamento na redação, em relação à maioria dos pontos deliberados pelos petroleiros nas assembleias das bases da FUP para melhoria da proposta:
A nova proposta que o TST apresenta à categoria é resultado da mobilização dos petroleiros e petroleiras, cuja greve aprovada foi fundamental para que a FUP avançasse no processo de mediação com a Vice-Presidência do Tribunal, buscando até o último instante uma solução negociada para o impasse criado pela Petrobrás.
Diante da nova proposta apresentada pelo TST, a FUP está indicando a sua aprovação, com suspensão da greve.
Se a Petrobrás não aprovar até o dia 03/11 a proposta, a greve pelo Acordo Coletivo será retomada com data a ser definida pela FUP.
A FUP orienta os sindicatos a realizarem assembleias a partir desta sexta-feira (25), até o dia primeiro de novembro, para submeter à avaliação dos petroleiros e petroleiras os seguintes indicativos:
Aprovação da nova proposta apresentada pelo TST no dia 25 de outubro, com suspensão da greve convocada para o primeiro minuto deste sábado (26/10)
Se a Petrobrás não aprovar até o dia 03/11 a nova proposta do TST, a greve pelo Acordo Coletivo será retomada com data a ser definida pela FUP
Fonte: Blog do Esmael