
Nesta quarta-feira (8), a Polícia Federal e o Ibama fazem a segunda fase da operação Hermes HG II, contra contrabando de mercúrio e garimpo ilegal de ouro na Amazônia. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 2,9 bilhões em bens dos investigados e estabeleceu pagamento de 200 salários mínimos para reparar os danos ambientais causados pela quadrilha.
A operação partiu da investigação contra uma empresa de Paulínia (SP), que, segundo a PF, “favoreceu um dos maiores esquemas de uso ilegal de mercúrio”. Ainda segundo a PF, os crimes em apuração estão relacionados ao contrabando e acobertamento do elemento químico, que tinham como destino final o abastecimento de garimpos em áreas que compõem a Amazônia (Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Pará).
No total, são cumpridos 34 mandados de busca e apreensão contra pessoas e empresas em quatro estados de Federação: Amazonas, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Manaus, há um mandado contra pessoa física.
O objetivo da ação da PF e do Ibama é encontrar provas do funcionamento do esquema, além dos responsáveis pelo comércio e compradores finais do mercúrio ilegal, identificando o patrimônio construído por meio da atividade. Os crimes investigados são danos ao meio ambiente, organização criminosa, receptação, contrabando, falsidade documental e lavagem de dinheiro.