
A Polícia Federal está investigando um grupo suspeito de desviar recursos públicos, incluindo emendas parlamentares, que totalizaram R$ 692 milhões em negócios com prefeituras nos últimos seis anos.
O esquema envolveu fraudes em contratos em 32 municípios de sete estados, além de suspeitas de irregularidades em secretarias estaduais e no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
Amazonas
No Amazonas, o esquema das emendas palarmentares movimentou R$ 18.895.600,00. Pela planilha, não é possível saber se os valores mencionados se referem a contratos assinados ou que apenas estavam no radar do grupo investigado pela PF. O esquema envolve supostas fraudes em licitações públicas e o uso de recursos das emendas parlamentares para pagar esses contratos.
O grupo utilizou sete empresas para firmar contratos, sendo a Allpha Pavimentações, de Alex Parente, a principal delas. Parente, apontado como líder do esquema, foi preso em 3 de dezembro ao desembarcar em Brasília com R$ 1,5 milhão. Ele é acusado de movimentar grandes quantias utilizando notas fiscais falsas para simular serviços inexistentes.
Na sequência, por ordem de valores, aparecem os seguintes estados: Maranhão (R$ 39,3 milhões), Pernambuco (R$ 36 milhões), Goiás educação (R$ 35,2 milhões), Pará (R$ 34 milhões), Mato Grosso (R$ 26,1 milhões), Piauí (R$ 25,6 milhões), Paraíba (R$ 25,4 milhões), Amazonas (R$ 18,8 milhões), Tocantins (R$ 9,5 milhões) e Amapá (R$ 6,9 milhões).
Além da capital paulista e fluminense, aparecem cidades desses estados como Niterói, Caxias, Campos e São João do Meriti (RJ); e Bragança Paulista, Guarujá, São Carlos Piracicaba e São Carlos (SP).
Em Itapetinga (BA), o esquema envolve também a empresa Qualymulti Serviços, com servidores municipais manipulando pagamentos fraudulentos. Além disso, a Larclean Ambiental, outra empresa do grupo, recebeu R$ 67,1 milhões da Prefeitura de Salvador, com licitações fraudulentas e pagamentos superfaturados.
A operação Overclean foi iniciada após irregularidades detectadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) em contratos com o Dnocs.
A planilha do esquema parlamentar é dividida em cinco pontos:
Estado/cidades – “Responsáveis” – Planilha/Valor – Projeto – Adesão/Ata
Fonte: Tribuna