PF prende investigados em esquema de fraudes na Caixa Econômica Federal

Foto: Divulgação

Boa Vista/RR – A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (17/12) a terceira fase da operação Assucena, com o objetivo de prender membros de organização criminosa que seriam responsáveis por desvios de mais de 6 milhões de reais da Caixa Econômica Federal.


A 4ª Vara Federal de Roraima expediu nove mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão após representação da Autoridade Policial e manifestação favorável do Ministério Público Federal. Mais de 60 Policiais Federais cumprem as medidas nos estados do Ceará, Paraná e Roraima.

As primeiras fases da investigação identificaram um esquema fraudulento na concessão de créditos rurais junto à Caixa Econômica Federal. Utilizando laranjas, o grupo abriria contas junto ao banco e pleiteariam empréstimos rurais, os quais seriam concedidos a empresas de fachada como se fossem destinados a grandes empresas envolvidas no agronegócio.

Na relação de laranjas constam parentes dos fraudadores, como pai, mãe, esposa, companheira, filhos e terceiras pessoas que não tinham qualquer relação com produção agrícola ou propriedades rurais.

O esquema só seria possível com o auxílio de alguns servidores da Caixa, os quais indicariam aos outros suspeitos um projetista, que consolidaria os projetos utilizando os dados dos laranjas, das empresas de fachada e de garantias inexistentes.

Com o apoio destes servidores, as concessões dos créditos rurais seriam feitas sem a fiscalização das terras e sem a verificação de cadastro dos interessados, o que permitiria, por exemplo, que um beneficiário do bolsa família recebesse R$ 200.000,00 em empréstimos.

O Inquérito Policial aponta que estes empréstimos seriam, então, destinados a empresas envolvidas no esquema como forma de lavagem de dinheiro. Uma destas empresas, com sede em Maringá-PR, já teria sido investigada no âmbito da Operação Zelotes, também da PF.

Os investigados poderão responder, na medida de sua participação, pelos crimes de estelionato, peculato, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crime contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. Se condenados, as penas para os principais suspeitos podem ultrapassar os 30 anos de prisão.

O nome da operação faz ao nome da primeira empresa investigada no esquema.

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