Pinacoteca do Estado apresenta panorama da arte no Amazonas

Foto: Divulgação

Artistas de diferentes estilos e vertentes das Artes Visuais no Amazonas estão reunidos na exposição “Pinacoteca 50 Anos – Diálogos de Gerações”, aberta no dia 4 de agosto às 19h. Promovida pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, com apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), a exibição comemorativa reúne obras doadas à Pinacoteca do Estado por ocasião do cinquentenário da instituição, em 2015. A abertura da mostra marca ainda a inauguração da Galeria Manoel Santiago no Palacete Provincial, no Centro.


A mostra reúne ao todo 74 obras, dentre pinturas, desenhos, esculturas e peças em técnicas mistas, produzidas por 28 artistas. São eles Amanda Navarro, Chiquinho D’Almeida, Cristóvão Coutinho, Edgar Alecrim, Eliomar Rodrigues, Evanil Maciel, Fernando Jr., Ignácio Evangelista, Iva Tai, Jair Jacqmont, Jandr Reis, Jesús Portillo, Lígia Barros, Lorena Souza, Lula Sampaio, MAAM, Márcio Matias, Marcos Adolfs, Mario de Paula, Michelle Lins, Nelson Falcão, Noleto, Rodney Marques, Samantha Karlia, Sebastião Alves, Sergio Cardoso, Turenko Beça e Zeca Nazaré.

A seleção de artistas e obras da Pinacoteca do Estado reunidas na mostra no Palacete Provincial compõe um amplo panorama da produção artística no Amazonas, segundo o secretário de Cultura, Robério Braga. “Colocando lado a lado artistas de variadas progenituras, de Jair Jacqmont a Turenko Beça, de Jandr Reis a Iva Tai, a exposição vai permitir ao público seguir o trajeto da arte amazonense nas últimas décadas”, declara.

Responsável pela curadoria da mostra, Cléia Viana assinala que, entre diferentes gerações de artistas, há um diálogo “muitas vezes silencioso, mas que expressa uma comunicação dinâmica, renovadora”. Nesse sentido, ela explica, a exposição aponta a “expressiva capacidade que cada artista tem em se reinventar e as possibilidades em se relacionar uns com os outros, com o cotidiano e com a vida, descrevendo as mudanças temporais através da profusão dos diferentes estilos”.

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Produção artística – A exposição “Pinacoteca 50 Anos – Diálogos de Gerações” reúne uma ampla diversidade de temas, estilos e técnicas em seu acervo. Aí se incluem desde a pintura tradicional, da qual são exemplos “Modelo vivo”, de Samantha Karlia, e “Grafite amazônico nº 2”, de Jandr Reis, até as pinturas digitais de Fernando Jr., entre elas “Academia de Letras”, passando pelas composições digitais da série “Indi Pop Pocket”, de Cristóvão Coutinho. A mostra traz ainda peças com materiais diferenciados, caso da “Máscara” de Turenko Beça, produzida em técnica mista com couro de peixe.

A exposição reúne criações de diferentes épocas, com destaque para a obra de Jair Jacqmont, que pode ser acompanhada em diferentes momentos, desde a “Chuva no Rio Amazonas”, de 1980, até uma série multicolorida de telas reproduzindo a cúpula do Teatro Amazonas, de 2014. Telas de Jair dos anos 1990 também integram o acervo da mostra, a exemplo de “Homem com planta” (1993) e “Três banhistas” (1999).

Das gerações mais atuais do circuito amazonense de artes, a mostra inclui obras de nomes como Iva Tai, artista visual parintinense que aparece com as telas “Eu SER Água” e “Araruama”. Outro é Nelson Falcão, natural de Manaus, incluído na exibição com a tela em técnica mista “Eudaemon”.

A exposição “Pinacoteca 50 Anos – Diálogos de Gerações” ficará em cartaz até o dia 30 de dezembro de 2017, com visitação gratuita de terça a sábado, das 9h às 14h.

Novo espaço – A exposição “Pinacoteca 50 Anos – Diálogos de Gerações” marca a inauguração de um novo espaço de exibições no Palacete Provincial do Amazonas: a Galeria Manoel Santiago. Localizada no piso superior do edifício, a sala presta tributo ao artista, desenhista e professor amazonense Manoel Santiago (1897-1987).

Nascido em Manaus, Santiago viveu parte da infância num confortável casarão no bairro da Cachoeirinha. Aos 6 anos, mudou-se com a família para Belém, onde começou seus estudos de desenho e pintura. Aos 22 anos, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde cursou a faculdade de Direito e, ao mesmo tempo, estudou na Escola Nacional de Belas Artes, tendo mestres como Baptista da Costa e Rodolfo Chambelland. Ali conheceu ainda aquela que seria sua esposa, a pintora Haydéa Santiago.

De 1927 a 1932, morou em Paris, na França, graças a um prêmio recebido no Salão Nacional de Belas Artes. De volta ao Brasil, tornou-se professor no Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro. Participou de mostras e exposições de arte nos principais salões de arte no Brasil, e também no exterior. Suas obras integram coleções de diversos museus e importantes coleções particulares nacionais e estrangeiras.

Santiago é considerado um dos mais notáveis pintores impressionistas de sua geração. Faleceu em 29 de outubro de 1987, no Rio de Janeiro.

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