
Foi deliberado, ontem, segunda-feira (09), pelo plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o Projeto de Lei n° 007/2016, que institui a quarta semana do mês de maio como a “Semana da Valorização da Vida Humana”, a partir do que, a matéria seguiu para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Casa Legislativa.
A proposta é de autoria do presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM, vereador Professor Samuel (PHS), e foi protocolada com o objetivo de promover anualmente, o desenvolvimento de atividades, campanhas e projetos voltados a reduzir o alto índice de casos de homicídios na cidade.
“Fico feliz que meus colegas vereadores tenham entendido o valor social que a nossa proposta possui. É muito triste ver, atualmente, a banalização da vida. Hoje, qualquer tipo de briga ou rixa pessoal é motivo para matar. É como se algumas pessoas tivessem esquecido a importância da vida, muitos deles se julgam autossuficiente para tirar a vida do próximo. Os números oficiais de homicídios mostram essa isso”, enfatizou o parlamentar.
Pela proposta de Samuel, na Semana da Valorização da Vida serão desenvolvidas ações educativas através de palestras, seminários, conferências e atividades culturais e de lazer. As escolas, colégios e entidades não governamentais poderão desenvolver programações com atividades práticas de incentivos a valorização da vida humana.
Números
De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), o ano de 2015 fechou com 948 pessoas presas por homicídios no sistema prisional, sendo 541 por homicídios simples e 407 por qualificados em todo o Estado.
O número de homicídios aumentou em janeiro deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado, chegando a uma média de 2,9 mortes por dia. Outra estatística da SSP-AM aponta que 70% dos assassinatos na capital são decorrentes do tráfico de drogas.
“Pelo que percebemos nas estatísticas da SSP, os motivos fúteis para se tirar a vida crescem e nosso projeto busca sensibilizar crianças e adolescentes sobre esses números. Precisamos tomar providências para coibir uma cultura de morte que tem se instalado na nossa capital e por meio de políticas públicas podemos começar a cultivar valores que defendam o sentido da vida”, concluiu Samuel.