Uma iniciativa solidária reuniu alunos do curso de especialização em força tática de Polícia Militar em prol de uma boa ação no domingo (27). Eles fizeram um sopão e distribuíram para cerca de 30 indígenas venezuelanos e outros imigrantes que vivem abrigados de forma improvisada na Rodoviária Internacional de Boa Vista.
Desde 2015, venezuelanos têm vindo a Roraima em busca de melhores condições de vida. Alguns compram alimentos e retornam ao país
Uma iniciativa solidária reuniu alunos do curso de especialização em força tática de Polícia Militar em prol de uma boa ação no domingo (27). Eles fizeram um sopão e distribuíram para cerca de 30 indígenas venezuelanos e outros imigrantes que vivem abrigados de forma improvisada na Rodoviária Internacional de Boa Vista.
Desde 2015, venezuelanos têm vindo a Roraima em busca de melhores condições de vida. Alguns compram alimentos e retornam ao país que faz fronteira com a cidade de Pacaraima, no Norte do estado. Outros, no entanto, estão se mudando de vez para o estado.
De acordo com o subtenente da PM, Edimar da Silva, os 51 alunos se propuseram a fazer o sopão e cooperaram na compra dos ingredientes.
Silva comentou ainda que a corporação já havia realizado um ato semelhante no local e resolveu sugerir à turma de especialização uma ação em benefício às pessoas em estado de vulnerabilidade.
“O turno da força tática estava arrecadando brinquedos para fazer doações no Natal, então comentei sobre a situação das pessoas que se encontram na rodoviária em situação vulnerável”, disse.
O soldado Adauto Oliveira disse que ficou satisfeito em poder ajudar às pessoas.
“Como policial militar me sinto honrado em participar de uma ação que visa ajudar. O que impulsiona o moral e eleva o espírito é saber que uma ação que individualmente é insignificante, se torna um verdadeiro alento a dezenas de famílias que vivem em extrema necessidade”, declarou.
Para o desabrigado Renier Alfonso, de 19 anos, a ajuda foi positiva. Ele acrescentou que mesmo com o gesto solidário, eles ainda necessitam de itens de higiene, medicamentos, roupas, fraldas infantis e principalmente alimentação.
“Algumas pessoas nos trazem algum alimento à noite, mas geralmente durante o dia não temos o que comer, principalmente as crianças”, contou.
Venezuelanos em Roraima
A crise econômica na Venezuela, país que faz fronteira com Roraima, e que está a 250 km da capital Boa Vista, está provocando uma busca frequente de venezuelanos pelo Brasil.
Dados divulgados pela PF mostram que os pedidos de refúgio de venezuelanos cresceu mais de 7.000% nos últimos dois anos.
Além dos pedidos legais, só nos últimos 12 meses, centenas venezuelanos em situação irregular foram deportados do estado.
Em uma dessas ações, cerca de 200 venezuelanos que viviam irregularmente em Pacaraima, cidade que tem menos de 10 mil habitantes e faz fronteira com Santa Elena de Uiarén, foram levados de volta para a Venezuela.
Em agosto deste ano, nove mulheres venezuelanas que eram mantidas sob cárcere privado e obrigadas a trocar sexo por comida foram libertadas em uma ação do Tribunal de Justiça de Roraima.
Fonte: G1
