Pode nunca existir uma ‘bala de prata’ contra Covid-19, diz OMS

Foto: Reuters/Denis Balibouse

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira (3) que, apesar de altas esperanças por uma vacina, pode nunca haver uma “bala de prata” contra a Covid-19 e a estrada para a normalidade será longa.


“Muitas vacinas estão na terceira fase de testes clínicos e todos esperamos que haja várias vacinas eficientes que possam ajudar a prevenir que pessoas sejam infectadas. No entanto, não existe bala de prata no momento — e pode ser que nunca exista.”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O chefe da OMS afirmou que, embora o coronavírus seja a maior emergência sanitária global desde o começo do Século 20, a caça internacional por uma vacina também foi histórica.

“Há muitas vacinas sendo testadas, algumas no último estágio de testes clínicos, e há esperança. Isso não significa que teremos uma vacina, mas pelo menos a velocidade com que chegamos a este nível que estamos agora foi sem precedentes”, disse.

“Há preocupações de que nunca teremos uma vacina que possa funcionar, ou que sua proteção possa durar apenas alguns meses, não mais do que isso. Até que terminemos os testes clínicos, não saberemos”, apontou Tedros.

á são mais de 18,14 milhões de pessoas ao redor do mundo infectadas pela doença, e 688.080 morreram, segundo contagem da agência Reuters. Países que pensavam já ter passado pelo pior na pandemia agora vivenciam novos surtos.

O diretor-geral Tedros e o chefe de emergências da entidade, Mike Ryan, estimularam todos os países a aplicar rigorosamente medidas de saúde, como o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos e realização de testes de detecção da doença.

“A mensagem às pessoas e ao governo é clara: ‘Faça tudo’”, disse Tedros, em uma entrevista coletiva virtual da sede do órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra. Ele afirmou que as máscaras devem se tornar um símbolo de solidariedade ao redor do mundo.

Ryan afirmou que países com altas taxas de transmissão, como Brasil e Índia, precisam se preparar para uma grande batalha: “A saída é longa e exige um comprometimento constante”.

G1/Mundo

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