Polícia flagra clínica clandestina com suspeitas de tortura e cárcere, no Pará

Policiais encontraram pedido de socorro dos pacientes - Foto: Divulgação

A Polícia Civil identificou o médico que seria o responsável pelo tratamento dos dependentes químicos resgatados de uma clínica clandestina em Benevides, região metropolitana de Belém. Os pacientes eram mantidos acorrentados e denunciam maus-tratos. Ele será intimado a prestar esclarecimentos à polícia. Na sexta-feira (21), quatro pessoas foram presas em flagrante após polícia receber um bilhete pedindo ajuda.


“Socorro polícia”, dizia o bilhete escrito à mão em uma folha de caderno que foi encontrado por policiais que faziam uma operação de rotina no local. A mensagem alertou os policiais, que flagraram o crime e resgataram seis pacientes.

As vítimas eram mantidas acorrentadas, em locais sem higiene e obrigadas a defecar nas próprias roupas. No local, a polícia encontrou medicamentos, correntes e aparelhos que possivelmente eram usados para torturar os dependentes químicos.

Os dois monitores da clínica clandestina eram ex-presidiários, sem formação para desempenhar a função. Eles foram presos. Os donos da casa se apresentaram à polícia. Todos
estão na Central de Triagem da Cidade Nova e devem passar por uma audiência de custódia.

Policiais encontraram pedido de socorro dos pacientes – Foto: Divulgação

‘Casa de passagem’

De acordo com a polícia, o imóvel onde fica a clínica funcionava como uma espécie de “casa de passagem”, onde os dependentes químicos, em um primeiro momento, eram recepcionados e passavam por tratamentos intensivos com uso de medicamentos e outros tratamentos.

Em um segundo momento, eles seriam levados a um sítio em Benevides, onde ficariam internados e passariam por outros tratamentos.

A casa é própria e funcionava irregularmente: o local não tem nome fantasia nem razão social (CNPJ). O imóvel ainda não foi interditado, pois neste primeiro momento a Polícia Civil está tratando da parte processual. Em um segundo momento, informou que vai tratar da possível interdição.

Fonte: G1

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