
PM agiu com mais dois homens ainda não identificados, segundo a Civil. Eles abordaram casal, revistaram carro e pegaram o dinheiro.
Um soldado da Polícia Militar foi preso suspeito de roubar R$ 1 mil de um casal em São João da Baliza, região Sul do estado. Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu na sexta-feira (30).
Ao G1, a assessoria Polícia Militar informou nesta segunda-feira (3) que o ato cometido pelo soldado não configura crime militar, tendo em vista que ele não estava em serviço. O policial não teve o nome divulgado.

Segundo Paulo Migliorin, um dos delegados responsáveis pelo caso, o PM e outros dois homens ainda não identificados abordaram o casal que estava em um carro e se apresentaram como policiais na noite de sexta-feira.
Os suspeitos, que estavam armados e encapuzados, pediram para revistar o veículo e durante as buscas no interior do carro pegaram o dinheiro.
“Eles abordaram o casal em um veículo e fizeram a revista, foi quando encontraram os R$ 1 mil. Ao invés de apreender o dinheiro e conduzi-las até a delegacia, eles ficaram com o dinheiro e mandaram elas irem embora. No dia seguinte, as pessoas registraram o Boletim de Ocorrência contra eles”, disse o delegado.
No sábado, depois de terem registrado a queixa, as vítimas foram novamente abordadas pelo militar e os comparsas, que devolveram o dinheiro e exigiram que elas fossem até a delegacia e desistissem do registro.
“Eles ainda acompanharam as vítimas até a delegacia, para ter certeza que elas iriam retirar a queixa. Uma das testemunhas ainda estava sendo ouvida quando militar entrou na delegacia. Ele foi reconhecido e acabou preso”, informou o delegado.
Durante o roubo, de acordo com Migliorin, os suspeitos estavam em uma caminhonete alugada que foi encontrada pela Polícia Civil em um estacionamento de hotel. Os dois comparsas do militar no roubo ainda não foram identificados, porém a polícia investiga o caso. O militar preso foi entregue para comandante da PM da região. Ele foi autuado em flagrante por roubo e concussão (extorsão praticada por funcionário público).
Conforme o delegado, o suspeito se negou a prestar depoimento na delegacia e disse que só falaria em juízo. Ele deve ser submetido à audiência de custódia nesta segunda.
‘Ato cometido não configura crime militar’, diz PM
Em nota, o Comando Geral da Polícia Militar de Roraima informou que o “ato cometido não configura crime militar, tendo em vista que ele não estava em serviço. Entretanto, o policial militar está preso e à disposição da justiça”.
Ainda em nota a PM informou que administrativamente, será instaurado um conselho disciplinar junto a Corregedoria da instituição para julgar se o militar tem condições ou não de permanecer nas fileiras da PM-RR.
(Centralizado)