
As fábricas do Polo de Duas Rodas instaladas no Distrito Industrial, em Manaus, a princípio foram responsáveis diretas pela entrada do coronavírus, o Covid-19 no Estado, logo após a visita do presidente do Senado Davi Alcolumbre ao Amazonas no início de março de 2020.
Mas, isso, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e da CUT no Amazonas, Valdemir Santana, não é motivo para crucificar a direção das empresas das unidades de Manaus, entre elas, a Moto Honda, Yamaha, BMW, Suzuki.
Santana disse que logo após o presidente do senado descarregar o coronavírus entre os funcionários dessas fábricas, a primeira medida da diretoria foi criar medida de isolamento eficazes e capaz de evitar a propagação em massa, internamente.
“Pro exemplo, eles diminuíram o número de trabalhadores em cada ônibus da rota e aumentaram o número de veículos. Na primeira semana de contágio, eles mandaram todos os trabalhadores para casa, em uma espécie de férias coletivas além de medidas básicas de prevenção”, justificou o presidente dos Metalúrgicos.
Sub-emprego
Na avaliação de Valdemir Santana os diretores do Polo de Duas Rodas foram eficazes no que se refere ao coronavírus, mas são massacrantes em relação aos terceirizados, que são submetidos ao arrocho salarial e ao sub-emprego dentro das unidades em Manaus.
No início da semana, o presidente disse que aumentou o número de trabalhadores reclamando da falta de compromisso dos empresários do setor com os trabalhadores terceirizados.
‘Massacre’, é dessa forma que os trabalhadores definiram ao Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas o tratamento dado a eles pelo segmento de Duas Rodas no Polo Industrial de Manaus (PIM).
O sindicato já protocolou denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT), já convocou reuniões com os diretores presidentes da Moto Honda, da BMW, da Yamaha, da Suzuki e até o momento só tem assistido demissões sem direito a nada e, contratações com salários vergonhosos pra o volume de dinheiro arrecadado pelo setor.