População de Novo Airão exige nova eleição – Por Garcia Neto

Garcia Neto é professor e jornalista - Foto: Reprodução

A população de Novo Airão passou a viver momentos de expectativas de uma nova eleição suplementar para prefeito. Rumores dão conta de que o povo só está esperando pela decisão do TRE de indeferir imediatamente o registro de candidatura e de cassar definitivamente o diploma de prefeito de Wilton Pereira dos Santos, e pela definição do dia do pleito para eleger o novo prefeito. Lideranças locais esperam, também, que o Pleno indefira quaisquer recursos procrastinatórios interpostos pelo “prefeito” ficha suja e condenado, os quais são considerados descabidos e sacais.


Basta tocar no assunto com qualquer morador para perceber sinais de indignação e revolta com a situação do município. Wilton Santos foi afastado definitivamente do cargo por decisão da juíza Jaíza Fraxe no dia 14 de julho deste ano. Desde o dia 19 de abril de 2016, não havia mais possibilidade de recursos da sentença que condenou Wilton. Ainda assim, por decisão do juiz local Celso de Paula, Wilton foi eleito e diplomado prefeito do município de Novo Airão para o mandato que iniciou em janeiro deste ano.

Na decisão, a juíza Jaíza Fraxe determinou que o vice-prefeito Antônio Tiburtino assumisse interinamente o comando da prefeitura, mas nada tem feito para mudar a cara de Novo Airão, porque Wilton não permite, continua interferindo nas decisões do vice. No final do mês passado, Tiburtino decretou a exoneração de mais de 200 funcionários, semana passada, dia 17, decretou “a exoneração de todos os cargos comissionados de livre nomeação da Prefeitura Municipal de Novo Airão, exceto os cargos nomeados pelos Decretos nºs. 006, 007, 008, 035, 040, 042, 044, 047, 050 e 052/2017”. Entrementes, ficou subentendido que o decreto não dispensou nenhum servidor por interesse da administração, portanto, não havendo qualquer conotação de sentido punitivo, considerando que cargos comissionados não podem ser nomeados e nem exonerados.

Professor Garcia Neto.

Mal redigido, o decreto de Tiburtino foi uma armação, não saiu ninguém, foi uma decisão de fachada como se ele estivesse enxugando a máquina para cumprir o que determina a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Nesse sentido, cabe denunciar essa decisão no Tribunal de Contas do Estado. No mais, todos os comissionados continuam em seus postos de trabalho, como se nada tivesse ocorrido.

Fica evidente que o senhor Antônio Tiburtino continua se sujeitando às ordens do Wilton, prefere ficar refém de uma situação calamitosa que o povo não aguenta mais. Cabe ao TRE decidir imediatamente o destino político de Novo Airão, pois o clima de insatisfação pode chegar à beira da violência.

 

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