Preços de insumos importados e da energia puxam a alta no custo da indústria

A valorização do dólar diante do real, que encareceu os insumos importados, e a alta dos preços da energia puxaram o aumento de 0,8% nos custos da indústria brasileira nos primeiros três meses deste ano em relação ao último trimestre de 2014.


No mesmo período, os preços dos produtos industrializados no mercado interno subiram 1,5%, o que permitiu a recomposição das margens de lucro das empresas, informa o  estudo divulgado nesta quarta-feira, 10 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o indicador de custos industriais teve alta de 3,0%, enquanto que os preços dos manufaturados aumentaram 4%.  O Indicador de Custos Industriais é formado pelo custo tributário, pelo custo de capital de giro e pelo custo de produção. No primeiro trimestre, o custo tributário caiu 3,3%, o de capital de giro subiu 6%, e o de produção aumentou 1,8% em relação ao período imediatamente anterior.  O custo de produção é calculado a partir da evolução dos custos com energia, pessoal e bens intermediários.

O custo com energia aumentou 8,7% nos primeiros três meses deste ano frente ao último trimestre de 2014. Na comparação com o primeiro trimestre de 2015, teve uma alta de 28,4%.  ”Esse aumento foi resultado de uma expansão de 36,1% no custo com energia elétrica e de 7,4% no custo com óleo combustível”, diz o estudo.  ”O aumento no custo com energia elétrica no último ano mais do que compensou a redução verificada entre 2012 e 2013″, observa a CNI.

​CÂMBIO E COMPETITIVIDADE – Além disso, o custo de produção sofreu os efeitos da desvalorização do real. O custo dos bens intermediários aumentou 1,4% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao período imediatamente anterior. Essa alta foi impulsionada pela elevação de 8,2% nos custos com produtos intermediários importados.

O câmbio também foi responsável pela elevação de 5,6% registrada no preço dos produtos industrializados importados. “Como os custos industriais cresceram 0,8%, os produtos manufaturados brasileiros se tornaram mais competitivos”, avalia o estudo.

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