Prefeito alerta para as consequências desastrosas de um fim da ZFM

Arthur Virgílio alerta para as consequências desastrosas de um fim da ZFM - Foto: Alex Pazuello / Semcom

A preservação e reformas na Zona Franca de Manaus (ZFM), economia e política brasileiras foram alguns dos assuntos colocados em pauta durante o encontro do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), com o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que aconteceu na última sexta-feira, 25/1, no Palácio Rio Branco, no Centro Histórico. O diálogo aberto e compreensivo de ambas as partes sobre temas relevantes para o povo amazonense foi destacado pelo prefeito em sua série de artigos sobre a Zona Franca de Manaus, em nova publicação na sua página do Facebook, nesta segunda-feira, 28/1.
A conversa com Pedro Guimarães, que teve seu currículo acadêmico elogiado pelo prefeito, durou quase três horas e foi destacada como proveitosa pelo gestor municipal. “Essas poucas horas deram início a uma amizade, tantas coincidências de pontos de vista encontramos, em relação à necessidade de reformas econômicas, de abertura da economia, das perspectivas de crescimento econômico para 2019/20, apesar do recuo da China (crescerá “apenas” 6,1% neste ano, para evitar tensões inflacionárias). Confiamos ambos que esse biênio apresentará PIB mais robusto que o de 2017/18, que foi tímido, mas pôs fim a 30 meses de aguda e perversa recessão”, destacou Arthur Neto.


O chefe do executivo municipal apresentou a Pedro a série de artigos que vem fazendo diariamente em favor da Zona Franca de Manaus, destacou a necessidade de um amplo debate em defesa do Polo e fez questão de ressaltar a fragilidade a que estará submetido o povo do Amazonas com o fim da ZFM. “Alertei que o fim da Zona Franca levaria os quatro milhões de amazonenses ao desespero, ao avanço sobre a floresta, atrás da sobrevivência”, disse, lembrando ainda o desgaste internacional o qual o país enfrentaria.

Arthur Virgílio alerta para as consequências desastrosas de um fim da ZFM – Foto: Alex Pazuello / Semcom

“A governança sobre a Amazônia terá de ser responsável em qualquer circunstância, mormente na hora do aquecimento global, com sérias consequências para o planeta. A floresta é e sempre haverá de ser brasileira. Desperta, contudo, vivo interesse planetário, por ser um dos principais agentes mitigadores dos efeitos do aquecimento. Isso precisa ser levado em conta por todos os brasileiros”, ressaltou Arthur Neto em seu artigo.

Além do papel protetor da maior floresta tropical do mundo, os problemas de infraestrutura e a questão de incentivos da Zona Franca de Manaus foram colocados em questão pelo prefeito junto ao presidente da Caixa. “Concordei ser necessário um “pente fino” nos incentivos, para separar o joio do trigo. E ponderei que, se houvesse intenção de acabar com a Zona Franca, bastaria deixá-la como está hoje”, ressaltou.

“Os incentivos de que dispomos contam, até 2073, com proteção constitucional, porém não serão capazes de sustentar sozinhos um parque industrial que requer reformas profundas de infraestrutura; absorção da biotecnologia na produção; atração de novos polos (drones e produtos náuticos, por exemplo, além de outros que vão nascendo com a Quarta Revolução Industrial); decisões rápidas sobre os chamados Processos Produtivos Básicos (PPBs), de preferência em Manaus, nas reuniões do Conselho de Administração da Suframa, do qual participam todos os ministérios afins com o polo”, relatou o prefeito.

O prefeito encerrou seu artigo lembrando da visita que fez com o novo presidente da Caixa ao Museu da Cidade de Manaus, alegando que “vendeu seu peixe” e que espera manter a parceria proveitosa junto à instituição nessa nova gestão de Pedro Guimarães. “Conheci um bom brasileiro, capaz de ouvir, sábio ao falar, influente e aberto”, finalizou o prefeito.

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